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Alejandro Marque regressa do camião da equipa do Tavira com a amarela. As regras impõem que os restantes ciclistas tenham esta camisola como ponto de referência, por isso alguém tem de a usar. Quando se aproxima dos jornalistas, já de máscara colocada, Marque usa o indicador para assinalar a presença de um nome escrito a caneta grossa, preta, um marcador que reproduz a homenagem.
"Dani Freitas", lê-se. Alejandro corre com o nome de Daniel Freitas no peito. Há de entregar ao ciclista da Rádio Popular/Boavista aquela mesma camisola no final da volta, conta aos jornalistas presentes. Minutos antes questionava, naquele mesmo lugar, àqueles mesmos jornalistas, a necessidade de subir à bicicleta com uma "pele que não é a sua", uma camisola que não lhe pertence.
Daniel não chegou a fazer um único quilómetro com a camisola de líder. Os novos testes realizados na equipa da Rádio Popular/Boavista revelaram a presença de outro caso de Covid-19 nos axadrezados, a somar aos dois já registados. As regras impõem que a equipa saia da "portuguesa" porque tem mais de dois casos suspeitos.

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Na luta pela geral tudo na mesma. Alejandro Marque promete para mais tarde uma chamada a Daniel Freitas. O galego volta a subir ao pódio com uma vantagem ainda de cinco segundos, a mesma que tinha na partida. Amaro Antunes (W52 FC Porto) avisa que novos dias estão para chegar e com eles o ataque dos dragões à amarela. Marque riposta, está disponível até para perder a amarela no dia da ligação a Bragança. Ainda há a serra do Larouco e a Senhora da Graça para ultrapassar.