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Moussa Marega, avançado do FC Porto, está magoado com o que aconteceu em Guimarães, mas fonte próxima do jogador garante que o maliano quer continuar em Portugal.
A mesma fonte explicou à TSF que Moussa Marega não confunde a maioria dos adeptos que estiveram no estádio e a cidade de Guimarães com o que um grupo de pessoas fez durante o jogo ao proferir insultos racistas contra o atleta. Segundo a mesma fonte, o futebolista mantém o respeito pelo Vitória Sport Clube, que se orgulha de ter representado na época de 2016/2017.
O jogador maliano ficou sensibilizado com as manifestações de solidariedade que recebeu nas últimas horas. Marega confia nas autoridades portuguesas e aguarda as conclusões dos inquéritos ao incidente de Guimarães.

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No domingo, o avançado Marega pediu para ser substituído, ao minuto 71 do jogo da 21.ª jornada da I Liga, entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto, por ter ouvido cânticos e insultos racistas de adeptos da formação vimaranense, numa altura em que os dragões venciam por 2-1, resultado com que terminaria o encontro.
Jogadores do FC Porto e também do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo.
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Nas redes sociais, o avançado, que tinha marcado o segundo golo do FC Porto aos 60 minutos, explicou o que sentiu. Marega qualificou os adeptos que o insultaram como "idiotas", contestando ainda o comportamento da equipa de arbitragem, liderada por Luís Godinho, que disse não o ter defendido e ainda lhe ter mostrado um cartão amarelo.
"E também agradeço aos árbitros por não me defenderem e por me terem dado um cartão amarelo porque defendo a minha cor da pele. Espero nunca mais encontrá-lo num campo de futebol! Você é uma vergonha!", escreveu o maliano.

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Esta segunda-feira, os dragões entregaram a Marega o prémio mérito e valores Porto, ilustrando essa mesma entrega junto a Otávio, distinguido pela Liga como o melhor jogador em campo no triunfo de domingo.
Otávio foi criticado por adeptos, por tentar acalmar e tentar impedir Marega de sair de campo, mas hoje o maliano fez questão de apoiar o médio brasileiro.
"É meu irmão! Ele apenas tentou acalmar-me como um irmão e eu sei que ele está comigo", escreveu o avançado na sua conta na rede social Instagram, agradecendo ainda a todos pelo apoio que tem sentido.
As reações de repúdio aos incidentes no Estádio D. Afonso Henriques surgiram de vários quadrantes, desde o desportivo, de clubes, entidades e outros jogadores, à esfera social e política, nomeadamente do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa.