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Foram 90 minutos sem golos, mas o quarto dos descontos fez do FC Porto campeão nacional, quando Pepê disparou num contra-ataque após um canto do Benfica e, chegado à grande área, deu a Zaidu que rematou de primeira para o 1-0. Os dragões são campeões nacionais pela 30.ª vez, com 88 pontos, mais nove do que o Sporting, que já só pode conquistar seis.
No relvado e depois de um dos voos da águia Vitória mais prolongados de que há memória no estádio da Luz, começou por contar-se a história de como Veríssimo resolveu um problema no onze inicial do Benfica: sem Everton e Diogo Gonçalves, que a TSF apurou terem ficado fora da partida por lesão, Lázaro surgia como extremo à esquerda e Gil Dias aparecia pela direita. Ou seja, jogavam de "pé trocado". E parecia resultar, sendo prova disso os primeiros 15 minutos de jogo em que o Benfica mandou. Até que Otávio encontrou Taremi.
Ouça aqui o Relato TSF do golo de Zaidu, por António Botelho.
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O iraniano surgiu isolado pelo corredor central e ganhou as costas de Vertonghen, mas no momento de atirar à baliza, rematou rasteiro para defesa com os pés de Vlachodimos. No minuto seguinte era Evanílson quem, com um remate à meia volta, rematava para defesa do grecoalemão.
Fosse ou não estratégico, o FC Porto surgia mesmo na Luz mais focado em defender do que em mandar no jogo. A verdade é que o empate bastava para conquistar o título de campeão nacional, e os dragões não pareciam dispostos a arriscar demasiado para lá chegar.

Quem arriscou - e muito - foi Vlachodimos quando, aos 29 minutos, deixou a bola escapar do pé direito. Remediou, a jogada deu em carambola à entrada da grande área e acabou com Grujic a ver um amarelo - o terceiro do jogo depois de Gil Dias e Gonçalo Ramos - após um carrinho sobre Lázaro.
O jogo perdeu-se a partir daí e até ao intervalo. Pepe ainda viu amarelo, mas pouco futebol se viu até à recolha aos balneários. E o recomeço do jogo até prometeu: Evanílson obrigou desde logo Vlachodimos a voar.
Podia ter sido o sinal de um FC Porto diferente, mas Darwin parecia ter outros planos. Recebeu no interior da grande área do FC Porto, tirou Mbemba do caminho e rematou cruzado e rasteiro para o fundo das redes, mas revistas as imagens o lance acabou anulado por fora de jogo de dois centímetros. O uruguaio ainda viu amarelo por tirar a camisola nos festejos.
Veríssimo queria mais e aos 61 minutos fez a primeira alteração na partida: saiu Gil Dias e entrou Seferovic. Darwin passava para o corredor esquerdo. Conceição respondeu com Galeno para o lugar de Evanílson e Veríssimo dobrou a aposta: João Mário e Yaremchuk para os lugares de Lázaro e Gonçalo Ramos.
Começava o quarto de hora final que podia ser à Benfica, à FC Porto ou à espera que o jogo acabasse. O cenário escolhido parecia ser o último. Luís Godinho estreava o cartão vermelho ao mostrá-lo aos bancos - a Álvaro Magalhães, fisioterapeuta do FC Porto, e a Luisão - e ia permitindo que o jogo se tornasse numa amálgama de confusões e toques.
Vitinha e Taarabt, por volta dos 85', ainda obrigaram Vlachodimos e Diogo Costa a voar para defender remates: o primeiro não precisou porque a bola não foi à baliza, o segundo evitou mesmo o que podia ter sido o 1-0.
Mas o FC Porto sairia mesmo da Luz com três pontos: Pepê aproveitou um canto desperdiçado pelo Benfica para arrancar pela direita e, chegado à grande área, cruzou para Zaidu, que finalizou de primeira com um remate ao canto superior da baliza de Vlachodimos. Explosão azul e branca na Luz: daí a segundos, o FC Porto era campeão nacional.
Onze do Benfica: Vlachodimos, Gilberto, Otamendi, Vertonghen, Grimaldo, Weigl, Taarabt, Gil Dias (61'), Lázaro (73'), Gonçalo Ramos (73') e Darwin
Onze do FC Porto: Diogo Costa, João Mário, Pepe, Mbemba, Zaidu, Grujic, Otávio, Vitinha, Pepê, Taremi e Evanílson (64')
Suplentes do Benfica: Hélton, Meïté, Seferovic (61'), Yaremchuk (73'), João Mário (73'), André Almeida, Tiago Gouveia, Paulo Bernardo e Morato
Suplentes do FC Porto: Marchesín, Fábio Cardoso, Francisco Conceição, Galeno (64'), Wendell, Bruno Costa, Toni Martínez, Eustáquio e Fábio Vieira
O jogo foi arbitrado por Luís Godinho, auxiliado por Rui Teixeira e Valter Rufo. No VAR esteve João Pinheiro.

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