Faltavam poucos segundos para o fim de uma primeira parte com pouquíssimos remates em Guimarães, quando João Mário deu por si na grande área do Vitória SC. Habituado a andar colado à linha, o ala português não se fez rogado quando viu a bola ir parar-lhe aos pés, encheu-se de confiança e marcou para o único golo de uma noite em que o FC Porto garantiu três pontos.
Com este resultado, os dragões, terceiros classificados, voltam a colocar-se a um ponto do SC Braga e a cinco do Benfica, deixando também o Sporting novamente a sete pontos. Já os vimaranenses mantêm os 24 pontos e o sétimo lugar, atrás do Arouca e à frente do Vizela.
Sob o habitual e intenso ambiente de festa e apoio no D. Afonso Henriques, o FC Porto entrou em campo a saber que precisava de vencer depois de SC Braga e Benfica também já o terem feito esta tarde em Paços de Ferreira e São Miguel, respetivamente. E se a tarefa não era fácil à partida, o evoluir da primeira parte também não o facilitou.
Apesar da maior posse de bola, o número de remates a meio da primeira parte - quatro ao todo - deixava perceber que a bola andava longe das balizas. Curiosamente, quando se aproximou de uma delas foi por obra de um guarda-redes: aos 33 minutos, Diogo Costa soltou uma bola longa que encontrou Taremi nas costas de toda a defesa vimaranense. O iraniano arrancou em direção à baliza, encontrou Bruno Varela já no limite da grande área e acabou por rematar para fora.
A resposta vimaranense não se fez esperar: Villanueva, também ele habituado a defender mais a baliza do que a atacá-la, aproximou-se da do FC Porto para tentar o primeiro. Cabeceou pouco ao lado, mas havia de ser mesmo um defesa a marcar o primeiro esta noite.
João Mário apareceu à entrada da grande área do Vitória e viu a bola pingar-lhe à frente. Virou-se, tirou um adversário do caminho com um único toque e rematou em vólei para o 1-0.
O FC Porto ia para o intervalo a vencer, mas algo não terá agradado a Sérgio Conceição, cuja equipa só regressou ao relvado largos minutos depois do esperado. Se o treinador aproveitou ou não para puxar orelhas, só quem esteve no balneário saberá, mas o jogo voltou mesmo ao ritmo que levou durante grande parte do primeiro tempo: bolas pingadas, mas longe das balizas.
A perceber isso mesmo, Conceição optou por mudar a estrutura ao abdicar de Toni Martínez, muito apagado esta noite, para lançar Pepê no ataque. Antes, Moreno já tinha também mexido na sua equipa, mas por lesão: Bamba teve de render Jorge Fernandes.
A cartada seguinte de Moreno foi, no entanto, uma mensagem de ataque: apesar de abdicar de Johnston, lançou no jogo Nelson da Luz, que se fixou à esquerda do ataque, no corredor de João Mário. Se queria subir no terreno, passava a ter de olhar para trás duas vezes. Safira juntar-se-ia à frente de ataque aos 77', quando entrou com Nogueira em campo. Saíram Janvier e Jota.
A resposta de Conceição foi fazer entrar Grujic. O sérvio, maior que Eustáquio que lhe deu o lugar e mais defensivo, entrava para tentar que nos últimos cinco minutos de jogo não fosse pelo meio-campo que o FC Porto perdia pontos.
Conseguiu ajudar, mas não sem um calafrio: é que, aos 90+3', o Vitória esteve pertíssimo do empate depois de um cruzamento num livre em que até Bruno Varela subiu à grande área contrária.
Onze do Vitória de Guimarães: Bruno Varela; André Amaro, Jorge Fernandes e Villanueva; Maga, Dani Silva, Janvier e Afonso Freitas; Jota Silva, André Silva e Johnston
Onze do FC Porto: Diogo Costa; João Mário, Pepe, Marcano e Wendell; Otávio, Uribe, Eustáquio e Galeno; Taremi e Toni Martínez
Suplentes do Vitória de Guimarães: Celton Biai, Hélder Sá, Bruno Gaspar, Tounkara, Bamba, Matheus Índio, Nogueira, Safira, Nélson da Luz
Suplentes do FC Porto: Cláudio Ramos, Fábio Cardoso, Veron, Pepê, Grujic, Rodrigo Conceição, Namaso, André Franco e Gonçalo Borges
