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O FC Porto atrasou-se este sábado na luta pelos lugares cimeiros da Primeira Liga ao empatar 0-0 no Jamor, frente ao Casa Pia. Num jogo com poucas oportunidades flagrantes de golo e controlo quase exclusivo dos azuis e brancos, a segurança de Ricardo Batista, em especial na segunda parte e quando os da casa já só jogavam com dez, foi o destaque.
Com este resultado, os dragões somam 33 pontos, são ultrapassados em definitivo pelo SC Braga, no segundo lugar com 34, e ficam a sete pontos do líder Benfica. Já os anfitriões somam 27 pontos e colocam-se a um ponto do Sporting, que joga este domingo na Madeira, frente ao Marítimo.

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Sem Pepe, recentemente operado ao braço esquerdo, Marcano fez dupla com Fábio Cardoso no eixo da defesa portista, que teve Clayton e o já conhecido Godwin como principais adversários.
O primeiro quarto de hora de jogo teve mais perigo criado pelo FC Porto, mas Vasco Fernandes, capitão casapiano com largos anos de experiência, foi controlando Taremi como conseguia, já que Galeno e Verón, um de cada lado, davam que fazer ao resto da defesa dos da casa.
E se o jogo já não corria bem à equipa de Filipe Martins, pior ficou quando Neto, aos 21 e depois de uma jogada dividida com Uribe, saiu lesionado. Eteki tomou-lhe o lugar.
Numa primeira parte que, à parte do controlo portista, teve pouco para contar, foi já nos descontos que a emoção voltou: Lucas Soares viu o segundo amarelo após entrada sobre Galeno e deixou o Casa Pia reduzido a dez.

© Pedro Rocha/Global Imagens
No regresso do intervalo, Filipe Martins optou por lançar o central João Nunes e abdicou de Clayton. Já do lado do FC Porto, Conceição tirou Uribe para colocar Pepê na linha.
Foi preciso esperar 11 minutos para que se voltasse a ver uma oportunidade de golo no Jamor, mas quando aconteceu, Galeno não falhou por muito. João Mário cruzou a partir da direita para o segundo poste e o extremo, em voo, cabeceou pouco por cima da trave. Conceição chamou imediatamente por Toni Martínez, que lançou para o lugar de Verón.
Do outro lado, Filipe Martins respondeu ao crescimento portista com Vitó e Antoine para os lugares de Godwin e Taira. Ora, não veio do banco, mas sim do relvado, a resposta às ocasiões dos dragões.
No mesmo minuto, Ricardo Batista defendeu um remate à queima-roupa de Toni Martínez e depois um outro de Galeno. Continuava o pé no acelerador: saía Grujic, entrava Eustáquio. E Ricardo Batista defendia mais um, desta vez de Taremi.
Filipe Martins respondeu com a saída de Kunimoto e a entrada de Diogo Pinto, refrescando o meio-campo. As cartadas finais de Sérgio Conceição foram Namaso e André Franco para os lugares de Wendell e João Mário.
O FC Porto abdicava dos dois laterais titulares, encostando Pepê à linha no lado direito e entregando a esquerda a uma sociedade composta por Eustáquio e Galeno, nenhum deles defesa e nenhum deles preso à linha. Marcano e Fábio Cardoso assumiam as despesas defensivas sozinhos.
Até ao final, e apesar da vontade e esforço portista, não houve mesmo mais golos: o 0-0 manteve-se e houve um ponto para cada lado.
Onze do Casa Pia: Ricardo Batista, Lucas Soares, Varela, Vasco Fernandes, Zolotic, Derick Poloni, Taira, Neto, Kuni, Godwin e Clayton
Onze do FC Porto: Diogo Costa, João Mário, Fábio Cardoso, Marcano, Wendell, Grujic, Uribe, Otávio, Veron, Galeno e Taremi
O jogo foi arbitrado por Nuno Almeida, auxiliado por Pedro Felisberto e Francisco Pereira. No VAR esteve Hugo Miguel.
Suplentes do Casa Pia: João Victor, Eduardo Fereira, João Nunes, Léo Bolgado, Antoine, Diogo Pinto, Rafael Martins, Vitó e Yan Eteki
Suplentes do FC Porto: Cláudio Ramos, David Carmo, Pepê, Rodrigo Conceição, Namaso, André Franco, Toni Martínez, Eustáquio e Gonçalo Borges