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Vídeo: Nuno Santos ou Pote? Em quatro dias o Sporting arranjou dois candidatos a um Puskás
Rematar de pé direito para quê, se o esquerdo não está à mão, mas faz melhor? A resposta foi o golo de letra com que Nuno Santos se candidatou, esta noite, a um prémio na vitória do Sporting por 3-0 sobre o Boavista, fruto também de um autogolo de Salvador Agra e de um remate certeiro de Paulinho mesmo a fechar o jogo.
Ouça o Relato TSF dos golos, por António Botelho, com sonorização de Pedro Picoto.
Com este resultado, o Sporting soma 50 pontos no quarto lugar e coloca-se novamente a cinco do SC Braga. Já o Boavista, com 30 pontos, mantém o nono lugar.

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Sem poder contar com Adán, lesionado, Rúben Amorim viu-se obrigado a lançar Franco Israel na baliza. Já na defesa e ataque, fez mesmo opções: a primeira por Diomandé, a segunda por Chermiti, que aos 40 segundos já cabeceava à trave após cruzamento de Morita.
Teve mais uma oportunidade na máquina de oportunidades de golo do Sporting dez minutos depois, quando Edwards o desmarcou mesmo no coração da grande área. O jovem avançado quis rematar de primeira e acabou por falhar a baliza, mas juntando este remate a um anterior de Esgaio, apenas momentos antes, que Bracalli teve de ir segurar aos pés do defesa, o Boavista começava a poder dar-se por feliz com o 0-0.
Nuno Santos fartou-se de ver o festival de remates e quis fazer melhor, muito melhor do que os restantes. Encontrou-se com a bola no coração da grande área após um cruzamento rasteiro de Edwards a partir da direita e, com o pé esquerdo cruzado por trás do direito, rematou "de letra" e a bola resvalou no poste antes de bater Bracalli. É candidato a melhor golo da época.
Para primeiro da noite, Alvalade não começava nada mal e até tinha mais razões para gostar do que via. É que, lá atrás, um certo jovem costa-marfinense ex-Mafra mostrava, uma vez mais, que assenta que nem uma luva ao futebol do Sporting. Sem nervosismo ou receios aparentes e com muita iniciativa, Diomandé ia construindo jogo como se fosse leão há anos.
E sem precisar de construir muito mais, o Sporting chegou ao 2-0 com uma grande finalização... de Salvador Agra. Morita lançou Nuno Santos, que apareceu mais uma vez numa zona perigosa, mas desta vez o português cruzou tenso para a grande área. Agra fez-se à bola com mais pressa do que precisava e acabou por rematar colocado para a própria baliza.
Com a equipa a pedir algo diferente para a segunda parte, Petit optou por abdicar de Salvador Agra e de Ibrahima para lançar Masa e Bruno Lourenço ao intervalo. Amorim não mexeu, mas podia começar a preparar a segunda mão da eliminatória da Liga Europa frente ao Arsenal.
É que, no relvado, continuava o acumular de lances perigosos do Sporting. Esgaio, que esta noite até surgiu um pouco mais ofensivo do que o normal, aproveitou o espaço que lhe deram aos 51' para fletir para a grande área e, de pé esquerdo, rematar em jeito. Alvalade ensaiou o grito de golo, mas a bola foi bater na trave, com Bracalli já de joelho no chão, apenas a olhar.
Amorim começava, então, a gestão para Londres: Matheus Reis e Pote saíam, entravam Gonçalo Inácio e Trincão.
Nuno Santos, que continuava em campo, é que decidiu mostrar que não era noite para golos fáceis. Aos 66' surgiu desmarcado, descaído sobre a esquerda e sem oposição. Só precisou de correr em direção à baliza, mas lá chegado atirou tão por cima que, por momentos, o imaginário de Alvalade viu-se a reviver o fatídico falhanço de Paulinho, durante a semana, frente ao Arsenal.
Paulinho que, precisamente, entrou aos 72' para o lugar de Chermiti, acompanhado de Arthur para o lugar de Edwards. Petit ia respondendo com avançados: primeiro Martim Tavares, depois Bozenik. Amorim fechou com Tanlongo no lugar de Ugarte.
A gerir o que faltava do jogo, o Sporting ainda chegou ao terceiro quando o médio argentino descobriu Esgaio no corredor direito: saiu cruzamento rasteiro para a boca da baliza, Paulinho só encostou.
Onze do Sporting: Israel, Diomandé, Coates, Matheus Reis, Esgaio, Ugarte, Morita, Nuno Santos, Pote, Edwards e Chermiti
Onze do Boavista: Bracalli, Malheiro, Cannon, Abascal, Bruno Onyemaechi, Pérez, Ibrahima, Makouta, Mangas, Salvador Agra e Yusupha
O jogo foi arbitrado por João Pinheiro, assistido por Bruno Jesus e Luciano Maia. No VAR esteve Rui Costa.
Suplentes do Sporting: Calai, St. Juste, Trincão, Fatawu, Paulinho, Gonçalo Inácio, Tanlongo, Arthur e Mateus Fernandes
Suplentes do Boavista: João Gonçalves, Robson Reis, Bruno Lourenço, Bozenik, Masa, Vukotic, Filipe Ferreira, Sasso e Martim Tavares