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É a final que toda a gente desejava de uma competição que ninguém queria.
A Copa América, também chamada de Cova América ou de Cepa América, depois de o Governo de Jair Bolsonaro ter acordado em sediá-la à última hora, quando as mortes por Covid-19 no país já rondavam o meio milhão de brasileiros, terá frente a frente, no ainda e sempre mítico Maracanã, o Brasil e a Argentina.
As duas mais destacadas seleções do subcontinente sul-americano, protagonistas de uma rivalidade tantas vezes contada e até cantada, chegaram ao jogo decisivo com relativa facilidade, apesar de os albicelestes terem precisado de eliminar na meia-final a Colômbia, onde o portista Luis Díaz foi um dos destaques da prova, nos penáltis.
Ouça a análise.
O duelo Brasil-Argentina é também, claro, um duelo Neymar-Messi, as estrelas incontestáveis das duas seleções, rivais no campo, mas tão amigos fora dele que se especula que o argentino pode ir a correr para os braços do brasileiro e assinar pelo Paris Saint-Germain, assim como no passado se especulou que Neymar desejava voltar ao Barcelona, tantas as saudades de Messi.
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O Brasil é o natural favorito nas bolsas de apostas, nos comentários da imprensa, na boca do povo. Não que os canarinhos encantem, como outrora, mas por razões mais práticas: é o atual campeão, joga em casa, domina as eliminatórias sul-americanas para o Mundial 2022 com folga, e o seu treinador, o competente Tite, jamais perdeu um jogo de Copa América.
Do lado albiceleste, conta a vontade imensa de interromper um jejum de 28 anos sem títulos internacionais de relevo. Quando a Argentina levantou o último troféu, em 1993, Messi era uma criança, pequenina, de seis anos. O génio continua pequenino, aos 34, recém-celebrados, mas já não é criança: como nunca antes, as suas prestações na Copa América, com quatro golos e cinco assistências, têm recebido elogios variados.
Mais um aliciante para o jogo deste sábado - como se um Brasil-Argentina precisasse de aliciantes...