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O treinador do Sporting, Rúben Amorim, considerou esta sexta-feira que o seu homólogo do FC Porto, Sérgio Conceição, "merecia mais" do que ver a família ser vítima de apedrejamento, por "tudo o que fez pelo clube".
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"Quero mandar um grande abraço, porque já o fiz, ao Sérgio. Não somos propriamente amigos, mas é só olhar para ele e a forma como ele dá tudo pelo clube, o que fez pelo clube, merecia mais. Aquilo não reflete o que são os adeptos do FC Porto", manifestou.
Em conferência de imprensa de antevisão à partida com o Boavista, da sétima jornada da I Liga de futebol, Rúben Amorim comentou o incidente com a família do técnico do FC Porto, que foi apedrejada à saída do Estádio do Dragão, no Porto, depois do pesado desaire sofrido na receção aos belgas do Club Brugge (4-0), para a Liga dos Campeões.
"Acima de tudo, ele deve estar revoltado por não ter sido ele a levar com as pedras em vez da família. Deve ser muito doloroso ter filhos e uma mulher e levar com pedras por se perder um jogo, quando alguém já deu tanto ao clube", expressou Rúben Amorim.
Este episódio deve servir de atenção aos jogadores do Sporting, realçou o técnico dos 'leões', pois o FC Porto "foi campeão e ganhou a Taça de Portugal há três meses e o futebol muda rápido, não há memória", com Amorim a desejar "força" a Conceição.
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"Deve ser revoltante, não sei como reagiria se a minha família fosse apedrejada à saída do estádio. Grande abraço ao Sérgio e espero encontrá-lo aqui. Não lhe ganho muitas vezes, mas faz de mim melhor treinador. Espero que tenha força e continue", concluiu.
Na viatura, apedrejada na terça-feira seguiam a mulher do treinador portista, Liliana Conceição, e dois dos filhos, Rodrigo, de 22 anos, que esteve no banco de suplentes no encontro frente ao tricampeão belga, e José, de sete.
O FC Porto repudiou, na manhã de quarta-feira, o ataque ao carro da família de Sérgio Conceição e lamentou "a falta de proteção das autoridades", apelando para que "o autor ou autores deste ato selvagem" fossem "rapidamente identificados e responsabilizados", o que aconteceu hoje, de acordo com um comunicado do Comando Metropolitano do Porto da Polícia de Segurança Pública (PSP).
"No local não foi possível intercetar e identificar os autores do apedrejamento, por esses mesmos o terem aparentemente abandonado numa viatura. Após diligências policiais, foi possível identificar os suspeitos, tendo o facto sido participado às entidades judiciárias competentes", informou aquela força de segurança, através de uma nota de imprensa.