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Novak Djokovic vai enfrentar o compatriota Miomir Kecmanovic na primeira ronda do Open da Austrália, de acordo com o sorteio desta quinta-feira, desde que não seja deportado até lá.
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O primeiro-ministro australiano disse hoje que ainda não existe uma decisão sobre o caso.
O sérvio, primeiro cabeça de série em Melbourne e vencedor do torneio em 2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020, 2021, que não foi vacinado contra a Covid-19, aguarda uma decisão do ministro da Imigração, que tem poder discricionário para o deportar.
Uma decisão judicial de segunda-feira permite ao titular permanecer no país apesar das irregularidades no processo do visto, admitidas pelo número um mundial do ténis.
Caso seja autorizado a participar no primeiro 'Grand Slam' de 2022, o sérvio só poderá encontrar o espanhol Rafael Nadal, sexto pré-designado e um dos seus principais rivais, nas meias-finais da prova.
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Nadal, sexto classificado do ranking mundial, procura, tal como Djokovic, reescrever a história da modalidade e conquistar o 21.º título num 'major', numa altura em que ambos partilham o recorde de 20 troféus com o suíço Roger Federer, ausente em Melbourne.
O espanhol, que caiu na hierarquia da ATP devido à ausência do circuito durante a segunda metade de 2021, devido a lesão, vai estrear-se frente ao norte-americano Marcos Giron, número 66 do mundo, e poderá defrontar nos quartos de final o alemão Alexander Zverev, terceiro do ranking.
O russo Daniil Medvedev, número dois mundial e finalista vencido no ano passado, perante Djokovic, inicia a participação na Austrália frente ao suíço Henri Laaksonen (92.º).
O sorteio do Open da Austrália tinha sido adiado devido à incerteza sobre a participação de Djokovic.
O tenista, envolvido em polémica por assumir posições antivacinação contra o SARS-CoV-2, admitiu a prestação de informação falsa no preenchimento da declaração de entrada na Austrália.
O sérvio, que em dezembro testou positivo à Covid-19, admitiu igualmente ter dado uma entrevista presencial em Belgrado, ignorando o período obrigatório de 14 dias de quarentena para os infetados.
A primeira-ministra sérvia, Ana Brnabic, avisou na quarta-feira que se houve desrespeito do tenista pelas normas de combate à pandemia de Covid-19, isso constitui uma "violação grave" das leis daquele país.
Djokovic, após uma primeira decisão judicial favorável à sua libertação do centro de confinamento em Melbourne, já está a treinar, mas ainda pode vir a enfrentar nova decisão de cancelamento do visto e eventual deportação.
* Notícia atualizada às 12h40