"É eterno." FIFA pede a todos os países que deem o nome de Pelé a um estádio

Gianni Infantino reconhece tristeza no momento da última homenagem à lenda brasileira, mas assinala também "a alegria e o sorriso" de Pelé.

A FIFA vai pedir a todos os países que deem o nome de Pelé a um estádio, revelou esta segunda-feira o presidente da FIFA, Gianni Infantino, no velório da lenda brasileira que morreu com 82 anos.

"Vamos pedir a todos os países do mundo para nomear um dos seus estádios de futebol com o nome de Pelé", disse Infantino aos jornalistas na Vila Belmiro, o estádio onde o "O Rei" se deu a conhecer ao mundo pelo Santos FC.

Infantino foi dos primeiros a homenagear Pelé, cujo caixão foi colocado no centro do relvado da Vila Belmiro: "Pelé é eterno. É um ícone do futebol mundial. O primeiro a fazer coisas que 99% apenas pode sonhar e 1% conseguiu fazer depois dele. Por isso, estamos aqui, com uma enorme tristeza, mas também alegria, a alegria de Pelé, o sorriso de Pelé."

O presidente da FIFA chegou ao estádio Vila Belmiro, em Santos, cerca de 40 minutos antes da abertura das portas, às 10h00 locais (13h00 em Lisboa), acompanhado dos presidentes da Confederação Brasileira de Futebol, Edinaldo Rodrigues, e da Confederação Sul-americana de Futebol, Alejandro Domínguez.

"Pelé teve a capacidade e a sorte de fazer algo que pouca gente no mundo consegue fazer: tocar no coração das pessoas", assinalou Infantino, advertindo que é responsabilidade da FIFA fazer tudo para que as gerações futuras "possam recordar dentro de 100 anos esta pessoa incrível".

Alejandro Domínguez notou que tudo o que a sua confederação fizer "para prestar homenagem [a Pelé] será pouco, em comparação com aquilo que o rei deu ao futebol sul-americano e mundial".

A entrada no estádio será permitida até às 10h00 de terça-feira (13h00 em Lisboa), altura em que saíra do recinto uma procissão que percorrerá as ruas de Santos, cidade localizada a 75 quilómetros de São Paulo, antes do enterro de Pelé, reservado à família.

O cortejo fúnebre passará em frente à casa da mãe centenária de Pelé, Celestes Arantes, que não foi informada da morte do filho, de acordo com Maria Lúcia do Nascimento, uma das irmãs do antigo futebolista.

Edson Arantes do Nascimento, conhecido como Pelé, morreu na quinta-feira, aos 82 anos, no hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, na sequência da "falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do cancro do cólon associado à sua condição clínica prévia", segundo aquele estabelecimento hospitalar, em comunicado.

Pelé estava internado desde o dia 29 de novembro para tratamento de quimioterapia a um tumor no cólon e tratamento de infeção respiratória, e o seu estado de saúde agravou-se na última semana.

Pelé, nascido a 23 de outubro de 1940 na cidade Três Corações, em Minas Gerais, foi o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, marcou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira e jogou pelo clube brasileiro Santos e pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos.

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