- Comentar

Portugal e Espanha empataram, esta sexta-feira, a zero bolas no estádio Wanda Metropolitano, em Madrid, em jogo de preparação para o Euro 2020. Pote, melhor marcador do campeonato português, fez a estreia na equipa das quinas.
Ainda sem Rúben Dias, Bernardo Silva e João Cancelo, jogadores do Manchester City, que disputou a final da Liga dos Campeões, Fernando Santos lançou Nelson Semedo como lateral direito e entregou o ataque a Jota, que jogou mais sobre a esquerda e Félix nas costas do ponta de lança, Cristiano Ronaldo.
No meio-campo, Danilo assumiu um papel mais defensivo, com Renato Sanches e Sérgio Oliveira a terem a tarefa de compensar as movimentações do ataque. Sanches aparecia mesmo sobre o corredor direito em algumas das ações defensivas.

Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Com muito pouca posse de bola nos primeiros dez minutos, foi Espanha quem entrou melhor na partida e, não tivesse sido um corte de Pepe, ter-se-ia mesmo visto em desvantagem no primeiro ataque perigoso à baliza de Rui Patrício.
Foi preciso esperar 21 minutos para ver a seleção nacional ultrapassar, com sucesso, a pressão espanhola. A bola até chegou a entrar após um pontapé de canto desviado por Fonte, mas a jogada foi anulada por falta.
Aos 26 minutos, Espanha voltou a criar perigo quando Morata cruzou de trivela para Ferran Torres, que apareceu ao segundo poste para cabecear nas costas de Pepe. A bola falhou a baliza por pouquíssimos centímetros. Fernando Santos tinha em mãos um problema cada vez maior.
A seleção treinada por Luís Enrique iniciava a pressão praticamente na linha da grande área portuguesa e obrigava os portugueses a encontrarem linhas de passe que, na maior parte das vezes, não estavam lá. Rui Patrício acabava por ter de optar por passes longos e, das poucas vezes que Portugal conseguia sair com a bola controlada, Cristiano Ronaldo atuava como um íman. Faltavam calma, posse de bola e alternativas ao passe direto.
Unai Simón acabou por ser o criador de outra grande oportunidade de golo portuguesa quando, após um corte da defesa espanhola, escolheu pontapear a bola em vez de agarra-la. Acertou em Ronaldo e a bola seguiu em direção à baliza, mas com lentidão suficiente para ser recuperada pelo guardião. O intervalo chegava com o 0-0 no marcador e no número de remates enquadrados.
Fernando Santos encontrou a solução no estreante Pote, que fez entrar para a segunda parte, abdicando de João Félix. Renato Sanches passou a jogar atrás de Cristiano Ronaldo e coube a Pote ocupar-se do corredor direito.
Já depois de ter visto Sarabia estar perto do 1-0, o selecionador nacional deu seguimento aos testes em Madrid: Pepe saiu para dar lugar a William e Danilo passou a jogar como defesa central. Bruno Fernandes foi lançado para o lugar de Sérgio Oliveira.
Algo tinha mudado, ainda que pouco: Portugal conseguia manter a posse de bola durante períodos mais sustentados e, pouco a pouco, ia conseguindo aproximar-se mais vezes da baliza de Unai Simón. Fernando Santos continuava a rodar a equipa: entravam Palhinha e Rafa para os lugares de Jota e Renato Sanches. Agora, as costas de Ronaldo pertenciam a Bruno Fernandes.
Ainda assim, eram os espanhóis quem continuava a criar perigo: por duas vezes, Morata esteve a poucos centímetros do golo, mas foi incapaz ded desviar a bola para a baliza. Segundos depois, aos 80', Nuno Mendes era lançado para o lugar de Guerreiro.
Até ao final do jogo, Rui Patrício ainda foi obrigado a aplicar-se para sacudir uma bola batida por Koke em livre direto. Na outra grande oportunidade espanhola, Morata atirou à trave depois de correr quase meio-campo sem qualquer oposição.
Onze de Espanha: Unai Simón, Llorente, Laporte, Pau Torres, Gayà, Busquets, Thiago Alcantara, Fabián Ruiz, Sarabia, Ferran Torres e Morata
Onze de Portugal: Rui Patrício, Nélson Semedo, Pepe, Fonte, Raphael Guerreiro, Danilo, Sérgio Oliveira, Renato Sanches, Diogo Jota, João Félix e Cristiano Ronaldo
João Moutinho, com problemas musculares, fez trabalho específico durante a semana.
O jogo foi arbitrado pelo inglês Craig Pawson, assistido por Ian Hussin e Daniel Cook.
Suplentes de Espanha: De Gea, Robert Sánchez, Azpilicueta, Diego Llorente, Eric Garcia, Jordi Alba, Koke, Rodri, Olmo, Pedri, Gerard Moreno, Oyarzabal.
Suplentes de Portugal: Anthony Lopes, Rui Silva, Nuno Mendes, João Moutinho, Bruno Fernandes, William Carvalho, Rafa, Rúben Neves, Pedro Gonçalves, Palhinha, André Silva.