UEFA muda final da Champions de São Petersburgo para Paris

A final da Liga dos Campeões acontece a 28 de maio. A UEFA decidiu também que os jogos entre equipas ucranianas ou russas devem realizar-se em espaços neutros.

A final da Liga dos Campeões vai ser transferida de São Petersburgo, na Rússia, para Paris. A decisão da UEFA foi tomada, esta sexta-feira, numa reunião do Comité Executivo, "na sequência da grave escalada da situação de segurança na Europa".

"O Comité Executivo da UEFA decidiu transferir a final da UEFA Men's Champions League 2021/22 de São Petersburgo para o Stade de France em Saint-Denis. O jogo será jogado como inicialmente programado no sábado, 28 de maio", afirma a UEFA em comunicado.

O palco do encontro decisivo da principal competição europeia de clubes é alterado pelo terceiro ano consecutivo, depois de Lisboa e Porto terem acolhido as finais de 2019/20 e 2020/21, devido à pandemia de Covid-19, em ambos os casos em detrimento de Istambul, na Turquia.

O estádio que acolheria a final em São Petersburgo tem o nome do gigante da energia Gazprom, um dos principais patrocinadores da UEFA desde 2012.

Nesta reunião, ficou também decidido que os jogos com equipas ucranianas ou russas devem realizar-se "em estádios neutros, até novo aviso".

A UEFA agradece ao Presidente Emmanuel Macron pelo "seu apoio pessoal e empenho em transferir o jogo mais prestigiado do futebol europeu de clubes para França num momento de crise sem precedentes".

"Juntamente com o governo francês, a UEFA apoiará totalmente os esforços de várias partes interessadas para garantir o resgate de jogadores de futebol e as suas famílias na Ucrânia que enfrentam terríveis sofrimentos humanos, destruição e deslocamento", adianta a UEFA, acrescentando que vai continuar "em prontidão" para convocar novas reuniões extraordinárias, "sempre que necessário", para "reavaliar a situação".

A UEFA condenou "a invasão militar russa" à Ucrânia, prometendo "a maior seriedade e urgência" na tomada de decisões relevantes para o futebol europeu.

A Rússia lançou na madrugada de quinta-feira uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

ACOMPANHE AQUI TUDO SOBRE O CONFLITO ENTRE A RÚSSIA E A UCRÂNIA

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