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O belga Victor Campenaerts (Qhubeka ASSOS) fez este domingo vingar nova fuga na Volta a Itália em bicicleta, ao conquistar a 15.ª etapa, antes de o pelotão, afetado por uma queda em massa, chegar aos Dolomitas.
Campenaerts, de 29 anos, cumpriu os 147 quilómetros entre Grado e Gorizia em 3:25.25 horas, batendo sobre a meta o holandês Oscar Risebeek (Alpecin-Fenix), segundo, com o alemão Nikias Arndt (DSM) em terceiro, a sete segundos.
Na geral, o colombiano Egan Bernal (INEOS) manteve a liderança, com 1.33 minutos de vantagem para o britânico Simon Yates (BikeExchange), segundo, e 1.51 para o italiano Damiano Caruso (Bahrain Victorious), terceiro.
O dia ficou marcado por uma queda em massa nos primeiros quilómetros, que vitimou, entre outros, o alemão Emmanuel Buchmann (BORA-hansgrohe), que era sexto à geral antes de abandonar, e o português Ruben Guerreiro (Education First-Nippo), que seguia no 15.º posto e que foi transportado para o hospital para fazer exames.
Guerreiro, que seguia no 15.º posto da geral, foi assistido por profissionais médicos após uma queda em massa logo nos primeiros quilómetros, o que levou à interrupção da etapa durante cerca de meia hora, por decisão da organização, dado todas as viaturas e profissionais de saúde estarem ocupados com corredores 'azarados'.
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O luso foi mesmo assistido por profissionais médicos, tentou continuar em prova, mas abandonou pouco depois, sendo transportado para o hospital, onde fez exames médicos para avaliar a extensão das lesões.
Confirmado está também o abandono do alemão Emmanuel Buchmann (BORA-hansgrohe), sexto à geral e considerado um dos candidatos ao pódio final, mas também o eritreu Natnael Berhane (Cofidis) e o holandês Jos van Emden (Jumbo-Visma).
Ultrapassada a queda, o dia tornou-se previsível: formou-se uma fuga de grandes dimensões, na qual a Qhubeka ASSOS colocou três homens, um deles Campenaerts, recordista da Hora, que venceu pela primeira vez em grandes voltas, após uma exibição taticamente astuta.
Para dar a terceira vitória à equipa sul-africana, que até ficou órfã do sprinter italiano Giacomo Nizzolo, que abandonou ainda antes da partida, o belga acelerou várias vezes, mas, quando não conseguiu afastar Risebeek pela velocidade, bateu-o ao sprint.
"Foi fantástico. Ao pequeno almoço conversámos sobre o que podíamos fazer para este Giro ser ainda melhor para nós. As duas vitórias já tinham sido épicas, hoje, era talvez a última oportunidade. Demos tudo, num dia dramático, e espero que toda a gente esteja bem [da queda]", declarou o vencedor.
O abandono de Buchmann fez João Almeida subir ao 13.º lugar da geral, a 8.32 minutos de Egan Bernal, enquanto Nelson Oliveira (Movistar) subiu ao 26.º, a 28.52, num dia em que ambos chegaram integrados no pelotão, a 17 minutos do vencedor.
Os candidatos principais da geral acabaram por se resguardar a caminho dos Dolomitas, uma vez que a etapa rainha vai contar com mais de cinco mil metros de subida acumulada, previsão de chuva, neve e mau tempo, além de temperaturas muito baixas nos topos.
Na segunda-feira, a 16.ª tirada é a etapa rainha e liga Sacile a Cortina d'Ampezzo, num dia de alta montanha com três contagens de montanha de primeira categoria, e uma de categoria especial, ao longo de 212 quilómetros, incluindo o Passo Pordoi e o Passo Giau.