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Aos 50 anos, Kelly Slater continua a somar títulos no campeonato mundial de surf e, depois de erguer o troféu por 11 vezes, o norte-americano ainda se mantém na elite do desporto. Esta semana, venceu a prova que dá início ao campeonato de 2022, o Pipeline nas ondas do Havai, batendo Seth Moniz, de 24 anos.
Tiago "Saca" Pires, surfista português que priva com Slater, diz que não há um segredo para a sua longevidade, apenas "entrega completa" à modalidade. Além da competição, "Saca" explicou que o surfista norte-americano "está envolvido na criação de novos materiais técnicos, desenvolvimento de novas quilhas e pranchas".
O português assume, em declarações à TSF, que Kelly Slater era um dos seus "ídolos" e acrescenta que além de ser uma "pessoa que ditou as regras do desporto e tendências do desporto", também "inspirou a geração de surfistas" que nasceram durante e depois dos anos 90.
Ouça a reportagem de Miguel Jorge Fernandes
Depois de conhecer o norte-americano, Tiago Pires percebeu porque é que Slater "sempre se destacou pela diferença e pela originalidade" em mais de 30 anos de carreira, frente "a centenas de atletas".
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"Atravessou três ou quatro gerações de surf diferentes e em todas elas foi uma peça preponderante", explica Tiago Pires.
Para o português, "não há segredos, apenas uma devoção fora do normal e tudo em prol do surf" e ainda não acredita na retirada de Kelly Slater durante este ano, apesar das indicações dadas pelo norte-americano depois da prova do Pipeline.
Kelly Slater disse, no final da competição havaiana, que ainda estava a pensar se parava ou embarcava "num ano completo aborrecido". O surfista norte-americano ainda pode lutar pelo 12.º título mundial, mas o facto de não estar vacinado não lhe permite a entrada na Austrália, um dos locais de passagem do campeonato do mundo de surf.