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Portugal venceu, esta terça-feira, por 3-1 no Luxemburgo mas não se livrou de passar um mau bocado. A perder por 1-0 aos 30', o golo de Diogo Jota mesmo em cima do intervalo pode ter sido a chave para a reviravolta da segunda parte, com golos de Cristiano Ronaldo e João Palhinha.
Com o triunfo no estádio Josy Barthel, a seleção portuguesa soma sete pontos no grupo A de qualificação para o Mundial de 2022, os mesmos que a Sérvia.

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Quem entrou melhor na partida foram mesmo os luxemburgueses que, nos primeiros 15 minutos, conseguiram não só impedir que Portugal atacasse com perigo como também mostraram que não tinham medo de atacar. Os irmãos Thill, Mica Pinto e Sinani eram quem obrigava a defesa portuguesa a manter-se concentrada.
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A competência defensiva luxemburguesa - ou a grande falta de imaginação e criação ofensiva portuguesa - ditaram mesmo que, aos 20', Moris ainda não tivesse visto qualquer remate à sua baliza. Foi preciso um livre direto aos 23' para Portugal, por Cristiano Ronaldo, conseguir obrigar o guardião a uma defesa.
Portugal parecia começar a superiorizar-se no jogo até que um homem do Pragal mudou o que se passava. Gerson Rodrigues, nascido em Portugal, cabeceou em mergulho após cruzamento a partir do lado direito do ataque, surpreendeu a defesa portuguesa, e fez mesmo o 1-0.
"Picado" pelo golo, Portugal pareceu acordar. Cancelo e Bernardo começavam a entender-se no corredor direito e Cristiano Ronaldo começava a surgir com mais perigo no corredor central.
João Félix tardava em acertar no passe e na definição quando se apanhava com a bola nos pés. E aos 40' deixou de tentar poder fazê-lo quando saiu lesionado. Pedro Neto rendeu-o.
Mas o empate ainda chegou antes do intervalo. Diogo Jota - que já tinha marcado dois golos à Sérvia - voltou a usar a cabeça após cruzamento de Pedro Neto para bater Moris e fazer o 1-1.
E se o empate tinha custado, o golo da reviravolta pareceu não custar nada a Portugal. Cristiano Ronaldo trabalha a bola no corredor central, dá-a a Cancelo e o lateral português agradece com uma assistência para o capitão, que no coração da grande área fez o 103.º golo pela seleção nacional.
Foram precisos poucos minutos para voltar a haver perigo perto da baliza de Moris. Diogo Jota fez outra vez bom uso da cabeça e, ao primeiro poste, desviou um pontapé de canto de Renato Sanches para a trave. Por esta altura, no Luxemburgo, os irmãos Thill já tinham saído, mas continuava a haver alguém com esse apelido em campo: o terceiro, que estava no banco, entrara na partida.
Fernando Santos respondeu com Palhinha e Rafa para os lugares de Bernardo Silva e Diogo Jota. O Luxemburgo volta a crescer no jogo. Aos 70' voltou a assustar - e muito - quando Sébastien Thill marcou um livre que, parecendo inofensivo, tornou-se perigoso quando a bola começou a descer vertiginosamente e obrigou Anthony Lopes a aplicar-se para não sofrer um "chapéu".
O momento do jogo chegaria logo a seguir, não por ser um golo mas por ser raríssimo. Aos 77', Ronaldo recebe a bola de um defesa luxemburguês e fica completamente isolado. Apenas com Moris pela frente, o capitão português permitiu duas defesas ao guarda-redes.
Abriu-se espaço a uma estreia. Pedro Neto bate um pontapé de canto a partir da esquerda e, ao primeiro poste, Palhinha surge a desviar para o 3-1.
Pouco depois, Chanot via o segundo amarelo, ia tomar banho mais cedo e deixava o jogo praticamente resolvido. Assim foi: até ao final, o marcador não mexeu mais.
Onze do Luxemburgo: Moris, Jans, Chanot, Gerson, Mica Pinto, Martins, Barreiro, V. Thill, Rodrigues, O. Thill e Sinani
Onze de Portugal: Anthony Lopes, Cancelo, Fonte, Rúben Dias, Nuno Mendes, Rúben Neves, Renato Sanches, Bernardo Silva, Diogo Jota, João Félix e Cristiano Ronaldo
Suplentes do Luxemburgo: Schon, Fox, Mahmutovic, Dzogovic, Marvin Martins, Bohnert, Rupil, Skenderovic, Sébastien Thill, Deville, Muratovic.
Suplentes de Portugal: José Sá, Rui Silva, Luís Neto, Domingos Duarte, Cédric, Palhinha, Sérgio Oliveira, André Silva, Rafa, Pedro Neto.
O jogo foi arbitrado pelo russo Sergei Ivanov, assistido por Roman Usachev e Dmitry Safyan e disputou-se no estádio Josy Barthel.
Após um triunfo com o Azerbaijão (1-0), em Turim, e uma igualdade em Belgrado, diante dos sérvios (2-2), Portugal realizou o terceiro encontro em apenas sete dias, antes de uma interrupção de cinco meses na fase de qualificação europeia, que apenas será retomada no início de setembro, devido à fase final do Euro2020, que foi adiado para este ano.