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O Estoril Praia lamentou "profundamente" os incidentes ocorridos no sábado durante o jogo frente ao FC Porto, em que um homem e uma criança (adeptos portistas) foram insultados nas bancadas do estádio António Coimbra da Mota.
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Num comunicado emitido ao final do dia de domingo, o Estoril Praia "condena todo e qualquer ato de violência" e dirige um "pedido de desculpas" ao pai pela situação vivida pela filha, "desejando que nunca deixe de apreciar a verdadeira essência do desporto".
O clube condena "as atitudes de quem não consegue controlar as suas emoções e permite que atitudes provocatórias de supostos adeptos de futebol se transformem num momento lamentável de agressividade que não tem lugar num estádio de futebol". Assim como "todos os atos praticados por supostos adeptos de futebol que encaram os espetáculos desportivos como espaços privilegiados para destilar ódio e praticar comportamentos que todos consideramos inaceitáveis em sociedade".
O Estoril Praia promete continuar a apelar a todos os adeptos dos clubes que visitam o estádio António Coimbra da Mota que se juntem "na partilha do respeito pelo fair-play, como, de resto, tem acontecido com a larguíssima maioria dos adeptos adversários".
O clube disponibiliza-se ainda para "continuar a colaborar com as entidades competentes na procura das soluções adequadas que possam impedir este género de episódio de voltar a ocorrer num recinto desportivo".
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Este domingo, no rescaldo do jogo entre o Estoril Praia e o FC Porto do dia anterior, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto e o presidente da Liga, Pedro Proença, repudiaram a "intolerância inaceitável" vivida nas bancadas no António Coimbra da Mota.

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João Paulo Correia adiantou que a Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto "agirá contra o comportamento dos adeptos em causa", prometendo continuar a "lutar implacavelmente" contra este tipo de incidentes.
A Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto agirá contra o comportamento dos adeptos em causa. Continuaremos a lutar implacavelmente.
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Pedro Proença, por sua vez, frisou: "Teremos de ser intransigentes na defesa destes valores, certos, contudo, que a mudança começa em cada um de nós, na reflexão sobre o que é o desporto e a cidadania. Essa reflexão constituirá uma parte substancial deste caminho. Não desistiremos de defender o que está certo e de reclamar meios e condições para o efetivar. O choro de uma criança, apavorada, agarrada aos braços do seu pai, num estádio de futebol, deveria ser suficiente para nos fazer parar."
Este caso, que relança o debate sobre a violência no desporto, surge dias depois de o carro da família de Sérgio Conceição, treinador do FC Porto ter ter sido apedrejado, e do episódio em que uma criança foi sido obrigada a despir a camisola do Benfica no jogo frente ao Famalicão.