Novo episódio de Speedy Max no México. Verstappen faz história e bate recorde de vitórias numa época

A Cidade do México foi o palco de mais uma vitória de Max Verstappen, mas não foi uma qualquer. Ao cruzar a linha de meta, o neerlandês da Red Bull destacou-se como o único piloto na história da Fórmula 1 a vencer por 14 vezes numa temporada.

A 2240 metros de altitude, o Autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, é um dos maiores desafios no calendário do Campeonato do Mundo de Fórmula 1. A pressão do ar e a dificuldade causada pelo desenho do traçado, ao longo de 72 voltas, torna-o um palco de várias surpresas e algumas curiosidades: nos últimos quatro grandes prémios, apenas em três o líder conseguiu manter a vantagem. O nome do piloto? Max Verstappen.

Este domingo, a partir da pole position, o neerlandês reagiu melhor ao apagar das luzes dos semáforos e voltou a quebrar a estatística. George Russell, o segundo melhor na qualificação, não teve a melhor abordagem à sequência de curvas após a reta da meta e foi rapidamente ultrapassado por Lewis Hamilton, que começou em terceiro, e também por Sérgio Pérez, que estava em quarto.

Tal como a personagem de desenhos animados mais conhecida no México, Max Verstappen vestiu o fato de Speedy Gonzáles e fugiu, sem deixar rasto, para vestir o sombrero de vencedor. Ainda houve algumas queixas sobre os pneus, no início, mas o engenheiro lançou um "ándale!" e a vitória chegou sem qualquer percalço.

Todos os 20 monolugares, ao contrário do que costuma ser vaticinado, conseguiram passar nas principais armadilhas sem incidentes a reportar. O primeiro momento de tensão em pista teve como atores principais, na volta 16, Pierre Gasly e Lance Stroll, com o francês a obrigar o canadiano a sair de pista. A penalização saiu poucos minutos depois e o piloto da Alpha Tauri foi punido em cinco segundos.

Numa altura em que a gestão se tornou a palavra-chave da corrida, com os estrategas nas boxes a recolher todos os dados para arrancar a melhor forma de subir posições, o barulho das pistolas de ar foi chamado a cena. Do grupo da frente, o homem da casa, Sergio Pérez, foi o primeiro a parar, na volta 22, e colocou pneus médios. Quatro voltas depois e, com os olhos colocados no colega de equipa da Red Bull, Verstappen deixou o composto macio e também apostou no médio.

Do lado da scuderia perseguidora, a Mercedes, Lewis Hamilton (volta 30) e George Russell (volta 36) lançaram os dados de uma estratégia diferente, com ambos os pilotos a apostar nos pneus de composto mais duro. Nas primeiras passagens pela linha de meta, as queixas na rádio eram bastante audíveis, com dúvidas sobre se teria sido a melhor estratégia.

Num fim de semana com muitos problemas de motor devido à altitude, a Ferrari, pelas mãos de Carlos Sainz (quinto) e Charles Leclerc (sexto), geriu as posições e pouco arriscou. Falando do segundo pelotão, a ameaça de safety car chegou a surgir quando, numa batalha que enchia os ecrãs, Daniel Ricciardo tentava ultrapassar Yuki Tsunoda, mas o piloto australiano não evitou o embate com o japonês e colocou o piloto da Alpha Tauri em posição de abandono devido aos danos.

Até ao final, o homem que se manteve por várias voltas a posição de líder do comboio do DRS, Fernando Alonso, começou a cair na classificação até que o motor, de forma bastante visível, rebentou. Na frente, Verstappen foi ganhando cada vez mais vantagem e cruzou a linha de meta no primeiro posto, mais uma vez. Lewis Hamilton terminou em segundo e Sergio Perez em terceiro, numa repetição do pódio de 2021.

Com esta vitória, a décima quarta da temporada, o campeão do mundo ultrapassou o recorde que, até este domingo, também pertencia a Michael Schumacher e Sebastian Vettel. A Fórmula 1 agora vai realizar uma pausa de uma semana até ao Grande Prémio do Brasil, o penúltimo do ano, entre 11 e 14 de novembro, antes de fazer as malas da América do Sul e terminar a época em Abu Dhabi.

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