Portugal vence Itália após prolongamento e está nas meias-finais do Euro sub-21

Depois de uma fase de grupos sem qualquer derrota ou empate, os portugueses precisaram do prolongamento para ultrapassar os italianos.

A seleção sub-21 portuguesa venceu, esta segunda-feira, a Itália por 5-3 após prolongamento e marcou encontro com a Espanha nas meias-finais do Europeu do escalão. Dany Mota assinou dois golos - o primeiro deles de bicicleta -, num jogo em que Gonçalo Ramos, Jota e Francisco Conceição também marcaram.

Com apenas Abdu Conté como lateral esquerdo "de raiz" entre os eleitos, Rui Jorge optou por colocar Tomás Tavares sobre o corredor canhoto, com Dalot a alinhar mais à direita. No meio-campo surgiu um losango formado por Bragança, Gedson, Vítor Ferreira e Fábio Vieira.

Foram precisos apenas seis minutos para a seleção portuguesa espalhar o terror na defesa italiana. Depois de Vitinha já ter obrigado Carnesecchi a defender para canto, Dany Mota aproveitou a cobrança do lance para, de pontapé de bicicleta, fazer o primeiro da noite.

Feito o primeiro, Portugal não tirou o pé do acelerador, mas também não abdicou de jogar bem. Bragança, Vitinha, Gedson e Fábio Vieira rendilhavam passes atrás de passes e Dany Mota, lá na frente, não dava descanso aos defesas italianos. Tanto, que a equipa treinada por Paolo Nicolato só criou verdadeiro perigo já depois do minuto 20.

Mas seria Portugal quem voltaria a sorrir e de novo após um pontapé de canto. Fábio Vieira bate novamente a partir da esquerda, Bragança toca de cabeça e Dany Mota, no interior da pequena área, rodou e marcou.

Os italianos acabaram por responder na mesma moeda: canto a partir do lado direito do ataque e Pobega, ao segundo poste, só precisou de encostar. A Itália marcava mesmo em cima do intervalo e aproveitava o balanço.

Aos 53', Frattesi surgiu desmarcado no coração da grande área portuguesa e cabeceou para uma defesa por instinto - mas crucial - de Diogo Costa.

Segura a vantagem mínima, Portugal partiu em busca de uma nova vantagem de dois golos e conseguiu-a mesmo aos 58'. Gonçalo Ramos surgiu na pequena área após assistência de Diogo Queirós e, com um desvio ligeiro, fez o 3-1.

Durou pouquíssimo. No reatamento da partida, os italianos constroem um ataque com um par de passes e Scamacca, sem oposição, atirou para o 3-2.

Os italianos voltaram a estar perto do golo aos 73', numa jogada que acabou por ser anulada devido a fora de jogo de Scamacca. Ficaram, ainda assim, na retina mais duas intervenções de Diogo Costa: se a jogada tivesse sido legal, não tinha dado em golo.

Não deu aos 73', deu aos 86'. Francisco Conceição é ultrapassado por Sottil, que tira o cruzamento, e Cutrone surge à boca da baliza a desviar para o 3-3 e a levar o jogo para prolongamento.

A meia-hora complementar não começou nada bem para os transalpinos. Em poucos segundos, Lovato entrou de braço esticado sobre Dany Mota, acertou na cara do português, viu o segundo amarelo e deixou a equipa a jogar com dez.

Foi preciso esperar até à segunda parte do prolongamento para ver Portugal tirar partido da superioridade numérica. Jota dançou sobre um adversário, combinou com Baró e, só com Carnesecchi pela frente, atirou a contar para o 4-3.

A confirmação da vitória portuguesa chegou pouco antes dos 120', quando Francisco Conceição partiu para o um para um, tirou o adversário do caminho e assinou o 5-3 final.

Onze de Portugal: Diogo Costa, Tomás Tavares, Diogo Queirós, Diogo Leite, Diogo Dalot, Daniel Bragança, Gedson Fernandes, Vítor Ferreira, Fábio Vieira, Gonçalo Ramos e Dany Mota

Onze de Itália: Carnesecchi, Lovato, Del Prato, Ranieri, Bellanova, Frattesi, Rovella, Pobega, Sala, Raspadori e Scamacca

Suplentes de Portugal: Maximiano, João Virgínia, Tiago Djaló, Pedro Pereira, Abdu Conté, Florentino, Romário Baró, Filipe Soares, Francisco Conceição, Jota, Rafael Leão e Tiago Tomás.

Suplentes de Itália: Plizzari, Cerofolini, Beruatto, Ricci, Vogliacco, Maleh, Pinamonti, Cutrone, Pirola, Zappa, Maggiore e Sottil.

A partida foi arbitrada por François Letexier, assistido por Cyril Mugnier e Mehdi Rahmouni.

Finalista vencida em 1994 e 2015 e ausente da edição de 2019, a formação portuguesa procura um inédito título à oitava presença na fase final de um Europeu de sub-21, que tem decorrido na Hungria e Eslovénia num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de Covid-19.

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