O problema é já conhecido dos surfistas que competem nas ondas do Rio de Janeiro: todos os anos atletas de topo ficam gravemente doentes durante a etapa brasileira do Circuito Mundial de Surf, depois de expostos aos elevados níveis de poluição das águas da cidade brasileira.
Na edição dos Jogos Olímpicos, com arranque marcado para o próximo dia 5 de agosto, a prova de Vela deverá realizar-se na Baía de Guanabara, onde a água, castanha, de cheiro nauseabundo e repleta de lixo flutuante e peixes mortos, está a preocupar os atletas.
O Gerente de Qualidade das Águas do Instituto Estadual do Ambiente, Leonardo Daemon, garantiu recentemente que o índice de poluição na Baía está conforme os padrões nacionais e internacionais, e que as zonas onde decorrerão as provas de competição de vela estão limpas e não apresentam riscos para a saúde dos atletas. Já os especialistas de saúde pública brasileiros aconselham os atletas a manterem a boca fechada sempre que estiverem em contacto com a água.
Longe de alcançar o objetivo de despoluir 80% da Baía de Guanabara a tempo da realização dos Jogos Olímpicos, a Secretaria de Estado do Ambiente mandou instalar barreiras para tentar evitar que o lixo e esgoto não tratado, que desagua na baía através do rio Meiriti, afete a área destinada ao evento desportivo.