- Comentar
O serviço de supervisão criado para proteger os jogadores nas redes sociais detetou mais de 100.000 mensagens de cariz insultuoso, discriminatório e ameaçador na primeira fase Mundial de futebol do Catar 2022, anunciou esta sexta-feira a FIFA.
Relacionados
Futebolistas com maior risco de problemas neurológicos após 65 anos
Croatas festejaram tanto frente ao Brasil que se registaram movimentos sísmicos
Ronaldo "não ficou satisfeito" por ficar no banco, mas "nunca disse que queria sair da seleção"
De acordo com o organismo que gere o futebol mundial, que criou o serviço em parceria com o Sindicato Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro), foram ocultadas de forma automática e instantânea mais de 100.000 comentários insultuosos e ofensivos, tendo ainda mais de 6000 publicações sido denunciadas às empresas gestoras das redes sociais.
"Estes dados mostram que as ofensas e agressões online são um problema alarmante para os futebolistas e para toda a sociedade, com consequências nefastas para a saúde mental e para o bem-estar, que não podem ser descuradas", refere a FIFA.
O serviço de supervisão de mensagens, denominado SMPS, esteve à disposição de todos os futebolistas de cada uma das 32 seleções participantes, tendo o objetivo de minimizar a visibilidade de termos que incitem ao ódio, para os proteger e aos seus fãs.
Na prática, o serviço permite detetar comentários nocivos, denunciá-los nas respetivas plataformas e autoridades, além de tentar ocultá-los para os demais, incluindo as vítimas.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Hoje e sábado, a FIFA une-se às comemorações do Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), tendo por base a mensagem: "Nenhum tipo de discriminação tem lugar no futebol, nem na sociedade".
Nos jogos dos quartos de final do Mundial, entre os quais o Marrocos-Portugal, agendado para sábado, aparecerá nos ecrãs dos estádios a expressão #NoDiscrimination -- a campanha da FIFA contra a discriminação --, que também estará inscrita nas braçadeiras dos capitães.
Em comunicado, a FIFA lembra que em 2019 introduziu no seu código de disciplina "uma política de tolerância zero em relação ao racismo e à discriminação".