Tiago Pereira queria dar mais e lutar pelo bronze no triplo salto

Tiago Pereira estreou-se em Jogos Olímpicos com o 16.º lugar na qualificação, com 16,71 metros, obtidos no segundo salto, depois de ter iniciado o concurso com 16,62 e encerrado com 15,79.

O português Tiago Pereira assumiu esta terça-feira a desilusão com o seu afastamento da final do triplo salto dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, porque sentia que podia lutar pela medalha de bronze.

"Queria estar na luta pelo bronze, que na minha cabeça parecia possível tendo em conta as minhas capacidades atuais. Para mim pode ser [Pedro Pablo] Pichardo, [Hugues Fabrice] Zango e depois os outros estão num nível muito semelhante", referiu o saltador luso, na zona mista do Estádio Olímpico, advertindo que "uma final não tem nada a ver com qualificação e existem dois atletas de um nível à parte: Pichardo e Zango".

Tiago Pereira estreou-se em Jogos Olímpicos com o 16.º lugar na qualificação, com 16,71 metros, obtidos no segundo salto, depois de ter iniciado o concurso com 16,62 e encerrado com 15,79, ficando a 12 centímetros do último apurado, precisamente Zango, com 16,83.

"Foi quase, não foi suficiente. Estou na melhor forma de sempre, não sei... Nunca fui a um Mundial ou a um Europeu, queria mais e sei que podia fazer mais. Sonhava chegar à final, porque tudo é possível numa final", referiu.

O saltador do Sporting assegurou ter cometido "muitos erros" nos seus saltos: "Não foi meu dia. Eu estou bem, saltei há duas semanas 17,11 metros, mas não correspondi à forma física que tenho de momento. Tenho tido uma época impecável, tenho falhado pouco, mas falhei no dia errado".

"Estava muito confiante, estou extremamente desiludido. Não gosto de sentir que tinha capacidade para mais, pena que não tenha conseguido realizar", rematou.

O atleta natural de Lisboa, de 27 anos, assumiu o orgulho por ter estado presente na despedida olímpica de Nelson Évora, campeão em Pequim 2008.

"Desde que me lembro de ver atletismo, o Nelson Évora é um dos meus ídolos. É um prazer ter saltado ao seu lado na despedida dele. É o atleta mais medalhado [nos saltos] e com maior palmarés de Portugal, quero que se lembrem disso", advertiu.

Relativamente a Pedro Pablo Pichardo, que terminou a qualificação no primeiro lugar, com 17,71 metros, Tiago Pereira identificou-o como "um dos maiores talentos do mundo", advertindo que "tem muito anos pela frente para chegar às várias medalhas que o Nelson já chegou".

Pichardo foi um dos cinco apurados diretamente para a final, com saltos iguais ou acima dos 17,05 metros, ao conseguir, na segunda tentativa 17,71, que lhe valeram a liderança até final.

O turco Necati Er foi segundo (17,13), seguido do chines Yaming Zhu (17,11), do cubano Cristian Napoles (17,08) e do argelino Yasser Mohamed Triki (17,05), enquanto Hugues Fabrice Zango, do Burkina Faso, que este ano fixou em 18,07 o recorde do mundo em pista coberta, foi o 12.º e último repescado, com 16,83.

Numa prova sem o norte-americano e bicampeão olímpico Christian Taylor, que sofreu uma rotura do tendão de Aquiles em maio, o seu compatriota Will Claye, bronze no Rio2016, qualificou-se para a final com o oitavo lugar, com 16,91.

Nesta qualificação, Nelson Évora, campeão em Pequim 2008, despediu-se dos Jogos Olímpicos, após quatro presenças, com o 27.º lugar, com 15,39 e dois nulos, o primeiro dos quais provocando uma lesão na virilha.

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