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O Benfica derrotou, este sábado, o Trofense por 2-1 num jogo que só foi decidido no prolongamento após um empate a uma bola no final dos 90 minutos. Everton abriu o marcador ainda na primeira parte, aos 21', mas Pachu empatou a partida aos 80' e obrigou a mais meia hora de jogo. André Almeida marcou o golo que da vitória encarnada aos 94'.

O jogo começou da pior forma para os da casa: Diedhiou sentiu dores na coxa logo aos três minutos e foi assistido, mas não durou outros três, acabando por forçar uma alteração logo aos seis minutos.
Depois do susto do Trofense, foram os encarnados quem tremeu. Meïté e Helton desentenderam-se quanto a uma bola perdida, esta seguiu em direção à baliza e foi preciso que Vertonghen, já perto da linha de golo, evitasse o golo dos anfitriões. E os avisos continuariam: aos 16', Bruno Almeida rasgou a defesa do Benfica com um passe em profundidade e encontrou Elias, que rematou para o fundo da baliza, mas o francês tinha partido em fora de jogo.
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Ouça o Relato TSF, por João Ricardo Pateiro, dos golos do Trofense-Benfica. Sonorização de André Tenente.
A resposta chegou ainda antes dos 20 minutos: Pizzi, Gonçalo Ramos e Everton entenderam-se e o brasileiro acabou por encontrar-se na grande área. O guarda-redes Rodrigo respondeu bem ao remate do avançado, levantou-se e ainda foi a tempo de negar Meïté. Mas acabaria por perder o combate seguinte.
Everton partiu da esquerda, driblou até à entrada da grande área e rematou à baliza. Rodrigo voltou a tocar na bola, mas desta vez só a ajudou a ir parar ao fundo das redes.
E se o azar tinha batido à porta do Trofense, o mesmo aconteceria ao Benfica. Gil Dias sentou-se no relvado aos 27 minutos e soube de imediato que o jogo tinha acabado para ele. Saltou Lazaro do banco.
Rodrigo Moura, que já tinha mostrado segurança durante a primeira parte, guardou a melhor defesa desses 45 minutos para o último deles: Taarabt recebeu a bola à entrada da grande área, rematou, o esférico desviou num defesa e o guarda-redes, aparentemente fora da jogada e em pleno voo, conseguiu mover o pé direito para impedir o golo.
E mal tinha começado a segunda parte quando mais uma lesão bateu à porta do Benfica. Lazaro foi ao banco pedir para sair e deu o lugar a Ferro. André Almeida assumiu o lugar de lateral-esquerdo.
Com o jogo sob aparente controlo, mas sem grande produção ofensiva, Jesus lançou aos 61' Weigl, Yaremchuk e João Mário para os lugares de Gonçalo Ramos, Meïté e Taarabt. A questão, aliás, podia ter sido resolvida logo no minuto seguinte, quando Morato aproveitou um pontapé de canto para cabecear à baliza. Lionn evitou o golo.
Aproveitou o Trofense. Os da casa começaram a acreditar e, aos 79', um cabeceamento de Pachu entrou colocadíssimo no canto superior esquerdo da baliza de Helton.
O empate manteve-se até para lá dos 90', pelo que foi preciso ir a prolongamento na Trofa e Jesus escolheu lançar Radonjic para o lugar de Pizzi. E não foi preciso muito tempo para que se desfizesse o empate.
Weigl descobriu André Almeida completamente solto sobre o corredor esquerdo, colocou-lhe a bola no espaço e o capitão encarnado fez a bola bater no poste antes de esta se aninhar no fundo das redes. Rui Duarte, treinador do Trofense, acabaria expulso depois do lance por reclamar fora de jogo.
Keffel, Rodrigo Ferreira e Simão Martins entraram para tentar responder ao golo encarnado, mas não o conseguiram fazer até ao final da primeira parte do prolongamento, quando muitos dos jogadores de ambas as equipas - em especial Gilberto - mostravam grandes dificuldades físicas. Preocupado, André Almeida foi pedir a Weigl que "deitasse um olho" ao lado direito da defesa encarnada nos 15 minutos que faltavam jogar.
E tinha razão em avisar. O Trofense, com o treinador na bancada e com crença num segundo golo, partiu para cima do Benfica e teve nos inspirados pés de Elias uma constante ameaça à cansada defesa das águias. Imagem disso era o sofrimento de Gilberto, que aumentava a cada minuto, e ao qual se juntava o de Morato.
Nas bancadas, Rui Duarte fazia contas ao tempo usado para assistir os encarnados: pelas contas do técnico, tinham sido pelo menos quatro minutos.
Vertonghen, um dos mais velhos em campo, mantinha-se fresco e bem valeu ao Benfica quando, aos 119', cortou a bola em cima da linha após mais um momento de inspiração de Elias. O gás acabava ali: tanto o do francês como o do Trofense, que vendeu muito cara a derrota.
Onze do Trofense: Rodrigo, Lionn, João Paulo, João Faria, Caio, Tiago André, Vasco Rocha, Matheus, Bruno Almeida, Diedhiou e Pachu
Onze do Benfica: Helton, Gilberto, André Almeida, Vertonghen, Morato, Gil Dias, Meïte, Taarabt, Pizzi, Everton e Gonçalo Ramos
O jogo é arbitrado por António Nobre, assistido por Pedro Ribeiro e Nélson Pereira.
Suplentes do Trofense: Rafael, Simão Martins, Keffel, Rodrigo F. Elias, Bruno Moreira e Andrezinho
Suplentes do Benfica: Svilar, Lazaro, Ferro, João Mário, Radonjić, Weigl, Yaremchuk.
Na única vez que disputou a Primeira Liga, em 2008/09, o Trofense não conseguiu fugir à despromoção, mas terminou a época sem derrotas perante o Benfica, com um triunfo por 2-0 em casa e um empate 2-2 na Luz, naqueles que foram os dois únicos duelos entre as duas formações.