Um Dakar cheio de novidades

Ano após ano, por esta altura, é tempo de Dakar. É assim desde 1979 e a contagem decrescente para o arranque da 44.ª edição da prova a contar para o novo Campeonato do Mundo FIA de Ralis-Raide já começou.

O palco é o mesmo - a Arábia Saudita, de 1 a 14 de janeiro - mas, não faltam novidades: a estreia das categorias T1 Mais, destinada a protótipos mais largos, com rodas maiores e suspensão com um curso mais longo, e T1 Ultimate, para veículos de baixas emissões, e o road book digital, disponibilizado minutos antes do arranque de cada etapa são novidades do 3.º Dakar consecutivo na Arábia Saudita.

Face a 2021, o número de participantes é maior - 578 em 430 veículos e o percurso novo em 70%, dividido em 12 etapas.

Ao todo, 4.258 km ao cronómetro, menos 500 km em relação à última edição.

Rumo a uma nova era, a Audi - a grande novidade - dá o primeiro passo na caminhada para um futuro de baixas emissões, uma meta que a ASO, organizadora da prova, tenciona alcançar, em pleno, no ano de 2030.

A marca dos anéis faz a estreia do RS Q e-Tron, dotado de três motores elétricos oriundos da Fórmula E; um propulsor a combustão, o bloco de quatro cilindros turbo utilizado no DTM, e uma bateria de elevada capacidade.

A equipa dirigida por Sven Quandt conta com dois pilotos vencedores de sete das dez últimas edições da provar: Stephane Peterhansel - 14 triunfos no total - e Carlos Sainz. O sueco Matias Ekstrom completa o trio que vai ter adversários poderosos.

Na Toyota, Nasser Al Attyah é a figura de topo; Giniel de Villiers testou positivo à Covid-19 e está em dúvida. Kris Meeke, que já ganhou o Rali de Portugal, é apontado como o substituto.

Sebastien Loeb, Joan Roma e Orlando Terranova defendem as cores da Barhain Rally Extreme, com os BRX construídos pela Prodrive.

Duas dezenas de portugueses em prova

O pelotão nacional conta com 20 pilotos e navegadores, distribuídos por cinco categorias: automóveis, motos, veículos ligeiros, SSV e camiões.

Nos automóveis, a dupla Miguel Barbosa/Pedro Veloso é a única 100 por portuguesa.

Filipe Palmeiro e Paulo Fiúza - 3.º classificado em 2020 ao lado de Peterhansel - alinham, de novo, com pilotos lituanos, na edição que marca o regresso de Miguel Barbosa à prova, 12 anos após a 3.ª e última participação.

Ao volante de uma Toyota Hilux T1, o recordista de títulos nacionais pretende, acima de tudo, chegar ao final. Para alcançar esse objetivo, conta com a credenciada Overdrive.

Um projeto a três anos para o Dakar, prova que volta a registar, nas motos, a participação do maior número de pilotos portugueses: sete.

Rui Gonçalves, António Maio, Joaquim Rodrigues e Mário Patrão repetem presença; Alexandre Azinhais; Arcélio Couto e Paulo Oliveira são estreantes.

Kevin Benavides, agora na KTM, quer repetir o êxito conquistado com a Honda, mas a oposição é forte e numerosa: os cinco vencedores dos últimos cinco anos estão presentes neste Dakar que se afigura tão aliciante, quanto imprevisível.

As hostilidades começam já no 1.º dia do novo ano: um prólogo - 19 km ao cronómetro - servirá para definir a ordem de partida para a etapa inicial no arranque da próxima semana.

O Dakar termina em Jeddah, no dia 14 de janeiro.

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