Gustavo Carona, médico intensivista, com a mãe, Rosário Carona, professora reformada

As missões de Gustavo Carona

A primeira missão foi aos 28 anos, em Moçambique, e não parou mais. Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Afeganistão, Síria, Iémen, por aí fora... 13 missões humanitárias, e a pandemia, que no último ano o confrontou com a missão que descreve como a mais difícil da sua vida. O médico intensivista e a mãe, professora reformada partilham o diário dos seus dias, marcados por vários combates e muitas lágrimas. Algumas são boas e bonitas, como a gardénia que acaba de crescer no jardim de Rosário Carona. Mãe e filho. Uma Questão de ADN.

Guatemala

Percorrer o mundo em tempo de Covid. "É uma fase complicada mas única e histórica"

João Amorim ficou infetado com Covid-19 em Portugal. O pormenor seria irrelevante, não fosse a profissão do são-joanense de 29 anos. Há 11 anos, quando terminou o ensino secundário, João Amorim candidatou-se a Bioquímica e entrou na universidade, sem certezas quanto à sua vocação. Terminado o curso com sucesso, começou a trabalhar, mas "não estava feliz". O impulso inexplicável dizia-lhe que fosse viajar, e a Gap Year Portugal abriu-lhe as portas à primeira grande viagem: pela América Latina. "Em todos os países onde estávamos era verão, andávamos a seguir o sol", lembra o autor da página followthesuntravel. As respostas não chegaram com a perseguição ao corpo celeste, mas a estrela jorrou luz sobre todas as perguntas. A viagem tinha de ser feita como Saramago escrevera: "ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava". Hoje João Amorim viaja profissionalmente, é líder de viagens na Landescape, e mal pára em casa. Gosta de ter "coisas para contar" das rotas sempre recomeçadas, com novos caminhos traçados e inaugurais passos dados, admite. E as memórias do tempo da pandemia também são histórias dessa "vida a ser vivida", assegura o viajante.