Centro de treino de ténis de mesa de Mirandela cativa muitos atletas estrangeiros

Centro de treino de ténis de mesa de Mirandela cativa muitos atletas estrangeiros

Mais de uma centena de atletas estrangeiros de ténis de mesa já passaram pelo Centro de Treino Internacional de Mirandela (CTI), o único do género na Península Ibérica. Os melhores atletas de países como a Argentina, Chile, Porto Rico, Colômbia, Reino Unido e até de Singapura procuram o centro para melhorar a sua qualidade técnica e fazer a preparação para a participação em competições internacionais e nas ligas profissionais da Europa.

Dos rebuçados doces da Régua ao amargo, "lesivo e fraudulento" fecho das linhas do Tâmega e do Corgo

Dos rebuçados doces da Régua ao amargo, "lesivo e fraudulento" fecho das linhas do Tâmega e do Corgo

Ainda há rebuçados da Régua e sabem ao mesmo, mas a realidade já não é a mesma coisa. Quando chego, pouco depois das 11h00, apenas Maria Leitão está sentada à entrada da estação. Já nem apregoa com antigamente. Está cansada. Vende rebuçados da Régua há mais de 40 anos e sempre a ver chegar e partir os comboios, agora só os da linha do Douro, mas até março de 2009 ainda via também, embora composições mais pequenas, a partir e a chegar da linha do Corgo. "Eles têm andado cheios", diz-nos, e a razão, mais do que pelos turistas (muitos) que chegam à Régua, reside no facto de muitas aldeias destas encostas do Douro não terem outro tipo de transporte para "se deslocarem ao médico ou para outros afazeres no Porto". É mesmo, segundo a vendedora, "a melhor forma de deslocação". Se à rapidez conjugarmos a vista, não devem restar muitas dúvidas. Ainda assim, o comboio inter-regional demora quase duas horas a ligar as duas cidades, embora a viagem se faça com grande conforto nas melhoradas carruagens Schindler, produzidas em 1940 e colocadas ao serviço entre 1949 e 1977 (sobre o MiraDouro havemos de falar na crónica de amanhã).

"Pare, escute e olhe" a aposta que a CP está a fazer nos comboios históricos 

"Pare, escute e olhe" a aposta que a CP está a fazer nos comboios históricos 

Tal como prometemos em julho, cá estamos de regresso aos carris para uma segunda temporada das crónicas "Próxima Estação". A volta pelos caminhos de ferro nacionais fez-se, numa primeira fase, pelas linhas da Beira Alta, Beira Baixa, Leste, Sul, Alentejo, Algarve e Oeste. Nesta segunda etapa, voltamos a pegar nos bilhetes e a embarcar mais a Norte, pelas linhas do Vouga, Minho, Douro, Norte, Braga e Guimarães. Aqui, tal como fizemos a Sul, inevitavelmente falaremos das centenas de quilómetros de vias desativadas. Não só perderemos o olhar na imensidão do Douro Património Mundial, que é possível apreciar embarcando no histórico comboio Miradouro (do qual falaremos atempadamente) como também recordaremos as quatro vias que do Douro ramificavam e que estão, toda elas, extintas: Tâmega (até Arco de Baúlhe), Corgo (até Chaves), Tua (até Bragança) e Sabor (até Miranda-Duas Igrejas). Assim estão: extintas, umas abandonadas, com património a ruir, outras "afogadas". Em 1968, Portugal tinha uma extensão de 3.592km de linhas de comboio. O país encolheu mais de mil quilómetros de ferrovia, em 52 anos.