Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros

“Não estabeleço nenhuma equivalência: a Ucrânia é o agredido e a Rússia é o agressor”

Num mundo que fervilha, a diplomacia tornou-se mais imprescindível do que nunca. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, acredita que a solução política para a Ucrânia será a única duradoura e sublinha a necessidade de firmeza nas medidas de isolamento internacional da Rússia. Admite que as consequências económicas da guerra vão exigir novos recursos a nível europeu, ao mesmo tempo que afasta o risco de uma nova austeridade no plano interno.

"Nunca diria que há um ponto de não retorno"

"O mal pelo mal não existe." Psicopatas inspiram medo mas muitos precisam da "compaixão" que derruba o "muro"

Sentado sozinho no quarto, a solidão que esvaziava o Natal era mais contundente. A urgência habitava um lugar frio. Sem nada a perder, Bruno Rafael, nome fictício, jorrou tinta na arte de convencer. "Eu disse 'tentar não custa'. Estava no quarto, tinha tempo. 'Vou escrever uma carta à minha juíza, não custa tentar. Eu tenho bom comportamento, gostava de ir passar o Natal a casa, e colou.' Fui três dias a casa."

O juiz jubilado e ex-diretor nacional da PJ Santos Cabral

"Temos processos do século XXI e meios do século XX"

A fechar uma semana de intensas operações judiciais, com as detenções do antigo ministro da Economia Manuel Pinho e de João Rendeiro, o juiz conselheiro jubilado e antigo diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) destaca a crónica falta de meios e o maior pecado do sistema de Justiça: a morosidade. Santos Cabral considera que tem faltado vontade política para efetivas reformas e que os interesses corporativos, sobretudo dos advogados, se sobrepõem ao interesse público.