


Semana de quatro dias: a teoria, a prática e as flores
Entre as propostas do PS para a próxima legislatura, "feitas com base na previsão de um cenário económico extraordinariamente otimista, apesar de Costa se queixar de uma crise política num contexto de enorme incerteza", Daniel Oliveira destaca "a semana laboral de quatro dias" para "muitos setores", mesmo nas empresas de "áreas mais criativas", que já a aplicam. Concentrar o trabalho em menos dias e permitir, assim, fins de semana mais longos. "Descobriram que o trabalho é mais produtivo, até porque fica um dia de semana para as pessoas resolverem os seus problemas pessoas, reduzindo o absentismo, e que os trabalhadores se sentem mais motivados", concretiza o jornalista.

No meio do absurdo, o Livre tem razão
Daniel Oliveira admite manter "todas as dúvidas sobre excessos normativos para determinar a organização de debates televisivos entre candidaturas, não porque se deve deixar o mercado funcionar, mas porque o resultado tem sido o esvaziamento desses debates", e isto acontece: "ou porque são tantos que ninguém os vê, ou porque são irrealizáveis".

Costa deixa cair Cabrita quando Cabrita é um problema para Costa
Daniel Oliveira acredita que "ninguém quer passar por aquilo que passou Eduardo Cabrita: estar num carro que põe fim a uma vida humana". Vincando que "o sofrimento daquele trabalhador", atropelado na A6, é "certamente maior, e só nos pode merecer mais atenção e solidariedade", o jornalista lembra que tal "não legitima a rapidez com que milhões de dedos apontaram para quem ia no carro e conseguiu: não foi criminalmente acusado".

Antes ingovernável do que vermelho
Daniel Oliveira começa por lembrar que, "até à geringonça, o único governo minoritário que completou uma legislatura foi o primeiro de António Guterres", que, no segundo mandato, "tinha exatamente metade dos deputados".

Deixem as crianças em paz
"Os dois alunos de Famalicão que não frequentam a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento desde 2018, por imposição do seu pai, teriam normalmente sido retidos, ou, como se dizia no meu tempo, teriam chumbado por faltas." Daniel Oliveira lembra que a retenção por faltas é "uma das bandeiras dos que têm posições mais conservadoras sobre o ensino", e aponta a contradição: "Como acontece muitas vezes com os conservadores, a virtude é só para os outros."

Caso da Lusa: o racismo é só a ponta do problema
"Só um jornalismo totalmente degenerado poderia tratar o que aconteceu na Lusa como um mero incidente", analisa Daniel Oliveira, no seu espaço habitual de Opinião na TSF, sobre o caso que o próprio explica: "Numa notícia sobre a constituição da comissão eventual de revisão constitucional, o nome da deputada do PS Romualda Fernandes é seguido de um parêntesis com a sua identificação... 'Preta.' Assim mesmo."

O dogma das patentes podia cair. E o resto?
Para acelerar a produção de vacinas, os Estados Unidos da América, o Reino Unido e a União Europeia "garantiram tudo às farmacêuticas", começa por dizer Daniel Oliveira. No seu espaço habitual de Opinião, na TSF, o jornalista considera que estes três blocos de influência mundial "deixaram" que as farmacêuticas determinassem a oferta, "apesar do financiamento público que receberam".

Vacinas: mais uma crise, mais um fracasso europeu
Daniel Oliveira salienta, no seu espaço habitual de Opinião na TSF, que Israel já tem mais de metade da população imunizada e que um terço dos britânicos já recebeu uma vacina. Também "10% dos norte-americanos já estão imunizados e 20% foram vacinados", face aos "apenas 8% da população portuguesa" que já recebeu pelo menos uma dose da vacina e 3,2% estão vacinados.

Confinamento e percepção do risco: a moral no lugar da ciência
"As pessoas respeitaram menos este segundo confinamento - que está finalmente a chegar ao fim - do que o primeiro, em 2020." Daniel Oliveira suporta a afirmação com dados: menos 30%, segundo a Escola Nacional de Saúde Pública. Na última sexta-feira - detalha o jornalista - quase 60% dos portugueses saíram à rua, só 17 pontos percentuais dos níveis pré-pandemia. No fim de semana anterior, quase quatro milhões de portugueses aproveitaram o sol, reforça o jornalista. "Os portugueses saíram mais nas primeiras semanas de fevereiro do que em janeiro, quando o confinamento foi decretado. Todas as semanas sai mais gente de casa."
