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O Galaxy S22 é o modelo mais simples da nova gama de smartphones da Samsung e está recheado de características merecedoras de elogios.
O ecrã de 6,1", por exemplo, é excelente. É mesmo do melhor que se encontra num smartphone. É AMOLED com uma taxa de atualização dinâmica até 120Hz e tem as cores vibrantes que já são tradição na marca sul-coreana, no entanto, o grande destaque vai para a finíssima margem negra à sua volta.
É tão reduzida, que nos smartphones de ecrã plano, deve ser recorde.
O mesmo se passa com a velocidade (instantânea?) com que o sensor de impressões digitais identifica o utilizador. Se não é recorde, está lá bem perto.
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Também nas fotografias e no vídeo o Samsung Galaxy S22 é merecedor de todas as atenções. Tanto assim, que no universo Android, este é mesmo (toda a gama S22, bem entendido) o smartphone indicado para quem está à procura do equipamento que tira as melhores fotos.
Qualquer um dos sensores está acima da concorrência. Só os mais recentes iPhones e alguns telefones com sistema operativo Android que não se vendem em Portugal é que são capazes de lhe fazer frente.
Há anos que a Samsung insiste em equipar os smartphones da gama "Galaxy S" vendidos na Europa com processadores Exynos (desenvolvidos pela própria Samsung) e o resto do mundo recebe equipamentos com processadores Snapdragon (desenvolvidos pela Qualcomm).
O resultado é sempre o mesmo: os equipamentos europeus ficam a perder.
Mas se no caso do desempenho, a preocupação não é grande, pois dificilmente se percebe a olho nu que os Galaxy S "Snapdragon" são mais rápidos, em relação à autonomia os receios são de outra magnitude.
Estamos perante um telefone relativamente pequeno e a Samsung optou por dota-lo de uma bateria de 3700mAh. É curta. Se é certo que haverá utilizadores que chegarão a casa, após um dia de trabalho, com ela ainda numa percentagem confortável, também é certo que outros haverá que ainda a meio da tarde terão de pôr o telefone a carregar.
Esta ineficácia também parece estar relacionada com o processador Exynos 2200, uma vez que os Galaxy S22 com o outro processador, o Snapdragon 8 Gen 1, não sofrem (tanto) do mesmo problema.
Apesar das queixas e reticências acima, é evidente que os Galaxy S22 são ótimas máquinas, com um ecrã estupendo e capazes de tirar fotografias de encher o olho. O preço também não é assustador.
Não são, contudo, uma evolução enorme face à geração anterior (o mesmo se passa com os iPhone 13, face aos antecessores) e assim nem todos irão a correr comprar um destes smartphones.
De facto, a compra só se recomenda àqueles que vêm de telefones mais antigos e que, sobre todos os outros argumentos, privilegiam as câmeras.