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A Apple lançou, esta segunda-feira, uma atualização de software para corrigir um ponto fraco que, alertaram investigadores, estava a ser explorado por spyware da empresa israelita no centro do escândalo Pegasus.
O Grupo NSO tem estado em destaque depois de uma investigação de media internacionais ter revelado que o seu software Pegasus foi utilizado para espiar telefones de ativistas de direitos humanos, jornalistas e mesmo chefes de estado. Os investigadores do Citizen Lab, uma organização de vigilância cibernética no Canadá, encontraram o problema enquanto analisavam o telefone de um ativista saudita que tinha sido infetado pelo Pegasus.
"Determinámos que a empresa mercenária NSO Group utilizou a vulnerabilidade para explorar e infetar remotamente os dispositivos mais recentes da Apple com o spyware Pegasus", escreveu a organização, que explicou que o telefone do ativista foi pirateado através do iMessage, um software de mensagens de texto.
"A Apple está ciente do alerta de que esta questão pode ter sido ativamente explorada", admitiu a gigante tecnológica numa publicação sobre a atualização de segurança.
O Citizen Lab acredita que o programa malicioso é fruto do trabalho do NSO Group: "Vender tecnologia a governos que a irão utilizar de forma imprudente e em violação da lei internacional dos direitos humanos acaba por facilitar a descoberta do spyware por organizações de vigilância de investigação, como nós e outros demonstraram em várias ocasiões anteriores, e como foi o caso novamente aqui."
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