Milícias civis lutam contra o Boko Haram

Estas milícias trabalham em colaboração com os militares no combate ao grupo terrorista. Para além da Nigéria, os Camarões são o país africano mais afetado pelos ataques do Boko Haram.

A Nigéria está agora a unir esforços com os países vizinhos para tentar acabar com o grupo terrorista, e foi criada uma força militar especial, a Brigada de Intervenção Rápida, que integra 8.700 soldados do Benim, Camarões, Chade, Níger e Nigéria.

Os esforços do exército no último ano conseguiram empurrar os jihadistas para as montanhas Mandara, para e floresta de Sambisa e para o Lago Chade. Cada vez mais encurralado, o grupo retaliou com um aumento dos ataques às populações civis.

Kerawa, na fronteira dos Camarões com a Nigéria, é alvo frequente dos ataques do Boko Haram. A presença militar é constante, mas não é suficiente para proteger as populações, por isso os locais estão a organizar-se em milícias civis, que colaboram com os militares, e que têm por principal objetivo identificar bombistas suicidas antes que possam alcançar os seus objetivos, assim como evitar que os jihadistas instalem bombas.

Para além da Nigéria, os Camarões são o país mais afetado: desde agosto de 2014 ocorreram 336 ataques, 34 dos quais perpetrados por bombistas suicidas que causaram a morte a 174 pessoas no total. 80 por cento dos bombistas suicidas são jovens mulheres entre os 14 e os 24 anos. Segundo o exército, o grupo usa raparigas que foram torturadas como escravas sexuais, pois são facilmente manipuláveis e ameaçadas. Inicialmente as raparigas também levantavam menos suspeitas, o que as tornava um veículo eficaz na infiltração de mercados e aglomerados civis.

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