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Algumas das mais conhecidas empresas norte americanas têm, nos últimos tempos, prometido tomar medidas para ajudar a mitigar a crise climática. Jeff Bezos, um dos homens mais ricos do mundo e fundador da Amazon, afirmou mesmo que as alterações do clima "são a maior ameaça que o planeta enfrenta."
A Amazon promete reduzir as emissões para zero até 2040. Já a Microsoft compromete-se a ser carbono negativa daqui a uma década; quanto à Disney pretende usar apenas eletricidade de origem renovável dentro do mesmo prazo.
Apesar das promessas, estas e outras grandes empresas apoiam e financiam lóbis contra as medidas propostas pela nova administração. O congresso e o Senado estão a debater o projeto de lei de orçamento que contém medidas significativas para reduzir o aquecimento do planeta. O projeto foi considerado pelo líder democrata no Senado a ação climática mais significativa da história dos Estados Unidos.
A redução da emissão de gases de estufa implica, no entanto, medidas que vão custar dinheiro às empresas e como o projeto de orçamento prevê também um aumento de impostos para as grandes empresas e para os milionários, a resistência tem sido grande.
O jogo duplo das empresas é revelado, esta sexta-feira, pelo The Guardian, que cita a análise feita por uma organização não-governamental americana. O jornal britânico contactou algumas das multinacionais e nenhuma negou o apoio aos lóbis nem se comprometeu a alterar a estratégia seguida.
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Nos principais grupos de lóbis contra as propostas de Joe Biden estão incluídos executivos de empresas como a Microsoft, United Airlines, Deloitte, Apple, Amazon, Disney, Alphabet e Exxon.