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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg expressou esta terça-feira o apoio a "qualquer iniciativa que possa conduzir a uma paz sustentável", referindo-se ao contributo do Presidente da China para um plano que ponha fim à guerra na Ucrânia. Stoltenberg alerta para a importância do respeito pela "soberania territorial" para garantir uma paz duradoura.
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"Um cessar-fogo, ou qualquer solução que não respeite a soberania e integridade territorial da Ucrânia, será apenas uma forma de congelar a guerra e de assegurar que a Rússia possa reconstituir, reagrupar e voltar a atacar", afirmou, considerando que "isso não será uma paz justa e sustentável [e] apenas ajudará a Rússia a manter o território que ocupou ilegalmente".
O secretário-geral da NATO admite alguma expectativa na deslocação de Xi Jinping a Moscovo, principalmente por a agenda dos encontros com Vladimir Putin incluir a discussão do contributo chinês para um plano de paz.
Ouça as declarações do líder da NATO.
"Saudamos qualquer iniciativa, qualquer plano que possa conduzir a uma paz justa e sustentável", afirmou Stoltenberg, admitindo que "a proposta de paz da China inclui alguns aspetos e elementos positivos" que apoia: "Por exemplo, a importância da segurança nuclear, da proteção de civis e, não menos importante, o que está subjacente à importância da soberania, integridade territorial e independência."
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Stoltenberg não esconde um aparente desconforto em relação ao "padrão de proximidade" ente Pequim e Moscovo, que se iniciou ainda antes da guerra. Por essa razão, deixa um aviso a Xi Jinping.
"A China não deve fornecer ajuda letal à Rússia. Isso será apoiar uma guerra ilegal, servindo apenas para prolongar a guerra e apoiar a invasão ilegal da Ucrânia pela Rússia. Isso é algo que a China, evidentemente, não deveria fazer", alertou, tendo, porém, admitindo que a NATO "não tem evidências" de que essas entregas estejam a ocorrer.