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A situação de tensão entre a Rússia e a Ucrânia assistiu a maiores desenvolvimentos na madrugada desta quinta-feira. Igor Gielow, enviado especial do jornal brasileiro Folha de São Paulo à Rússia, afirma que, até quarta-feira à noite, "a situação era tranquila" em Rostov, explicando que se trata de uma "cidade que fica no Sul da Rússia e é a maior capital regional próxima das fronteiras ucranianas".
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"Infelizmente", conta o jornalista à TSF, a guerra começou "eram seis da manhã em Moscovo quando Vladimir Putin determinou que as forças russas desmilitarizassem a Ucrânia". Na opinião de Igor Gielow, as palavras do Presidente russo foram "ambíguas" porque queria "evitar uma ocupação militar da Ucrânia como um todo, apenas em Donbass, que desde 2014 vive uma guerra civil e tem duas áreas que são dominadas por rebeldes separatistas pró-russos".
Ouça o relato de Igor Gielow, enviado especial do jornal Folha de São Paulo à Rússia
Com as movimentações da manhã desta quinta-feira, o jornalista brasileiro conclui que "não é uma operação limitada à região de Donbass" porque o Governo russo "anunciou ter atacado pontos da infraestrutura militar ucraniana".
Em Moscovo, onde Igor Gielow aterrou, "do ponto de vista público, a situação é normal". "Os metros funcionam e as pessoas estão a ir para o trabalho naturalmente", descreve o jornalista, mas isso também se explica, na sua opinião, porque "ela é muito distante" das operações.
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No Sul da Rússia há, segundo os relatos do enviado especial do jornal Folha de São Paulo ao país, "há um pouco mais de sinais do impacto" das operações, com 12 aeroportos e o espaço aéreo fechados.
Igor Gielow fala ainda de um "apagão" na região sudeste da Europa. "Vamos ver o que vai acontecer daqui para a frente, a situação é muito grave e inspira muitos cuidados", conclui.
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