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As ações caíram esta terça-feira na Ásia e o petróleo atingiu o valor mais alto desde 2014, depois de o Presidente da Rússia ter mobilizado o exército para a "manutenção da paz" em territórios separatistas da Ucrânia.
No Japão, a bolsa de Tóquio fechou em baixa, com o principal índice, o Nikkei, a perder 1,71%, para 26.449,61 pontos. No fecho da sessão, o segundo indicador, o Topix, desceu 1,55%, para 1.881,08 pontos.
Os gigantes tecnológicos japoneses foram dos mais afetados pela descida, com a Sony a cair 2,64% e os fabricantes de componentes para semicondutores Lasertec e Tokyo Electron a perder 3,37 % e 4,04 %, respetivamente.
Na Coreia do Sul, o Kospi, o principal índice da bolsa de Seul, perdeu 1,35%, enquanto na Austrália o índice S&P/ASX 200 caiu 1%.
O diretor do jornal ECO, António Costa, lembra que, em tempos de guerra, os investidores fogem do risco e escolhem produtos de rendimento garantido, como o ouro
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A principal bolsa da China continental, em Xangai, fechou também em baixa, com o índice SSE Composite a descer 0,96%.
A uma hora do fecho da sessão, o Hang Seng, o principal índice da bolsa de Hong Kong, estava a cair 2,92%.
A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em abril abriu em alta, esta manhã, subindo 2% no mercado de futuros de Londres, para 97,33 dólares, o que representa um novo máximo desde setembro de 2014.
No fecho da sessão da véspera, as principais bolsas europeias terminaram no 'vermelho' na segunda-feira, penalizadas pelo agravamento da crise ucraniana. O DAX da Alemanha recuou 2,1%. Em Paris, o CAC 40 em Paris caiu 2%. O FTSE 100 do Reino Unido caiu 0,3%.
O diretor do ECO sublinha que a subida do preço do petróleo tornou-se um caminho sem retorno
A bolsa russa caiu mais de 13% na segunda-feira e abriu esta terça-feira a perder mais de 8%. O rublo também se desvalorizou 3,2%, com um dólar a valer 79,12 rublos e um euro a 89,5 rublos.
Os mercados dos EUA estiveram fechados na segunda-feira devido ao feriado do Dia dos Presidentes.
Na segunda-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a mobilização do exército para a "manutenção da paz" nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que reconheceu como independentes.
Putin assinou dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa russo que "as Forças Armadas da Rússia [assumam] as funções de manutenção da paz no território" das "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk, de acordo com a agência de notícias France-Presse.
O anúncio de Putin gerou, de forma imediata, uma onda de condenações da parte dos principais atores internacionais implicados na crise da Ucrânia e que apoiam Kiev, nomeadamente os Estados Unidos, a NATO e a EU, assim como da Austrália, Canadá e Japão.
Nos últimos dias, o clima de tensão agravou-se ainda mais perante o aumento dos confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, na região do Donbass, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.