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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que cerca de 80 mil mulheres vão dar à luz, nos próximos meses, sem os cuidados maternos essenciais, devido à situação de conflito na Ucrânia. Esta manhã, em conferência de imprensa, Hans Kluge, diretor regional para a Europa da OMS, avisou que o tratamento na Ucrânia a várias doenças graves está também fortemente posto em causa.
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"De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a População, estima-se que 80 mil mulheres darão à luz, nos próximos três meses, sem acesso a cuidados maternos críticos", declarou Hans Kluge.
"A continuidade dos cuidados de saúde para aqueles com necessidades de longo prazo é um grande desafio porque a quebra nas linhas de abastecimento está a afetar o tratamento de doenças como a diabetes, a hipertensão ou o cancro", indicou o responsável da OMS. "Restabelecer e manter programas de vacinação e continuidade do tratamento para pessoas que vivem com tuberculose e HIV são prioridades, assim como a prestação de serviços de saúde mental", acrescentou.
Ouça aqui as declarações de Hans Kluge, director regional para a Europa na Organização Mundial da Saúde
A OMS deu ainda conta de que, desde o início da guerra, 16 ataques atingiram alvos de saúde, como hospitais e ambulâncias. Essas investidas provocaram a morte de nove pessoas e ferimentos em 16 outras.
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A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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