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Pelo menos seis civis morreram e outros dez ficaram feridos num ataque com mísseis ucranianos contra a cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia e controlada pelos separatistas russófonos desde 2014, indicaram na terça-feira as autoridades locais.
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"Segundo dados preliminares, morreram seis civis em consequência dos bombardeamentos de hoje", indicou, numa mensagem publicada na rede social Telegram, o presidente da câmara local, Alexei Kulemzin.
O mesmo responsável denunciou mais de 10 ataques com sistemas de lança-foguetes múltiplos Grad contra objetivos civis na cidade e apelou à população para permanecer nos abrigos.

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Por sua vez, o quartel de defesa territorial de Donetsk informou ter registado 10 feridos na sequência dos ataques. As autoridades pró-russas anunciaram que entre as vítimas mortais está uma deputada local, identificada como Maria Pirogova.
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Na segunda-feira, as autoridades desta região da província do Donbass (leste ucraniano) -- que juntamente com Lugansk foi anexada à Rússia na sequência de referendos não reconhecidos por Kiev e aliados ocidentais -- tinham confirmado quatro mortos e sete feridos (todos civis), após ataques das forças de Kiev.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.