Autarca de Kiev convida Papa Francisco a visitar a cidade em nome da paz

Vitali Klitschko pediu ainda que, caso não seja possível organizar a viagem, o Papa aceite participar numa videoconferência de que Zelensky deverá também fazer parte.

O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, escreveu ao Papa Francisco a convidá-lo para visitar a cidade, atingida pela ofensiva militar da Rússia ou, caso não seja possível, a participar numa videoconferência para enviar uma mensagem à população.

"Acreditamos que a presença dos líderes religiosos mundiais pessoalmente em Kiev é fundamental para salvar vidas e preparar o caminho para a paz na nossa cidade, no nosso país e em todos os lugares", escreveu o autarca da capital ucraniana numa carta enviada ao Papa, que foi confirmada pelo núncio apostólico na Ucrânia, Visvaldas Kulbokas, a alguns meios de comunicação internacionais.

Klitschko disse que ajudaria em tudo o que for preciso para esta viagem, mas, no caso de não ser possível, pediu que "o Papa participe numa videoconferência conjunta, gravada ou para ser transmitida em direto e serão feitos esforços para incluir o Presidente (ucraniano) Zelensky na chamada".

"Apelamos a vós, como líder espiritual, para que demonstre a vossa compaixão, que se una ao povo ucraniano e divulgue conjuntamente o apelo à paz", acrescentou na mesma missiva o presidente da câmara da capital ucraniana, que se encontra cercada há vários dias pelas forças russas.

Desde que a guerra começou, em 24 de fevereiro, Francisco tem feito vários apelos e no último domingo, após a oração do Angelus, exigiu que "o massacre" perpetrado na Ucrânia após a invasão da Rússia pare e considerou-o "uma agressão armada inaceitável".

"Perante a barbárie do assassinato de crianças, inocentes e civis indefesos, não há razões estratégicas que valham. A inaceitável agressão armada só deve cessar antes de reduzir as cidades em cemitérios", exortou.

A invasão russa da Ucrânia, que entrou hoje no 20.º dia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para o território ucraniano e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Mais de três milhões de pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde o início da guerra, naquela que já é considerada a prior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

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