Barril de petróleo Brent abre a cair 1,59%, abaixo dos 100 dólares

O petróleo do Mar do Norte abriu no International Petroleum Exchange nos 99,38 dólares.

A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em abril abriu esta terça-feira a cair 1,59% no mercado de futuros de Londres, após ter atingido na segunda-feira um novo máximo desde setembro de 2014.

O petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa, abriu no International Petroleum Exchange nos 99,38 dólares, após ter fechado a sessão de segunda-feira a ser negociado a 100,99 dólares.

Desde que começou a invasão russa, na quinta-feira de madrugada, o Brent registou valores nunca vistos em sete anos, se bem que ainda não tenha atingido os de 2008, quando chegou a estar acima dos 132 dólares por barril.

A recente subida foi impulsionada pelo receio de que o agravamento da crise possa influenciar os fornecimentos vindos da Federação Russa, o segundo mais produtor mundial de petróleo e o principal exportador de gás.

A grande maioria dos países ocidentais, incluindo a UE, impôs sanções à Rússia e a oligarcas e empresários russos dos setores do petróleo, bancário e financeiro,

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, anunciou na segunda-feira que o Canadá vai banir "toda a importação de petróleo" russo, "uma indústria da qual o presidente Putin e os seus oligarcas se beneficiaram muito".

Num contexto de incerteza, a petrolífera britânica BP anunciou durante o fim de semana que está disposta a alienar a posição de 19,75%, que possui no conglomerado russo de energia Rosneft.

Calcula-se que um terço do petróleo e 40% do gás que a Europa importa venham da Federação Russa, com destaque para os oleodutos e gasodutos que passam por território ucraniano.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

ACOMPANHE AQUI TUDO SOBRE O CONFLITO ENTRE A RÚSSIA E A UCRÂNIA

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