"Slava Ukraina" é o título do documentário que Bernard-Henri Lévy, apresentou na última noite, em Kiev, com algumas imagens de arquivo, mas sobretudo com muitas horas filmadas ao longo do último ano. Antes da estreia, a TSF esteve à conversa com o filósofo.
Percorreu ao longo do último ano alguns dos pontos mais quentes da guerra: "Kharkiv, Lyman, Bakhmut, o sul de Zaporijia, filmámos a libertação de Kherson, Mykolaiyv, claro e Odessa. Andámos por toda a Ucrânia."
A obra do francês condensa, numa hora e meia, um ano de guerra. As imagens são das trincheiras, dos gabinetes dos estrategas e das ruas, tudo isto sem esconder que este é um filme comprometido.
"Tentamos contar a história deste heróico, corajoso e sofredor povo ucraniano. A Ucrânia é hoje a capital do sofrimento, sem dúvida. E também a capital europeia do heroísmo", analisa.
Aquando desta conversa com a TSF, Volodymyr Zelensky ainda não tinha confirmado a presença na estreia do filme, mas também não era algo com que Bernard-Henri Lévy se mostrasse preocupado, até porque de qualquer das formas já era certo que a sala ia estar cheia.
Esperavam-se sobretudo "companheiros, homens e mulheres que estiveram nos locais de rodagem, muitas vezes na linha da frente". A eles juntar-se-ão "altos representantes da Ucrânia atual, do Governo".
"Veremos quem vai estar, veremos. De qualquer das formas, quem quer esteja, para mim será uma benção" para este que é o segundo documentário que dedica ao país. O primeiro foi "Porquê a Ucrânia?", no ano passado.