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Dois anos após o ataque ao Capitólio, o Presidente Joe Biden realçou este sábado que "não há lugar para violência política" nos Estados Unidos e aproveitou para condecorar os polícias que enfrentaram naquele dia os muitos manifestantes em fúria.
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O Congresso norte-americano vive novos dias agitados, apesar de um bloqueio diferente, com republicanos a travarem a eleição do seu líder na Câmara dos Representantes, mesmo com a maioria conquistada nas intercalares de novembro.
Mas o democrata Joe Biden aproveitou a efeméride para ser claro: "Não há lugar (...) na América para a intimidação do eleitor. Nenhum, jamais, para a violência política".

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"A América é um país de lei, não de caos", sublinhou o governante de 80 anos, antes de cumprimentar "um grupo notável de cidadãos" norte-americanos, os polícias que travaram a multidão que invadiu o Capitólio, incentivados pelo ex-Presidente Donald Trump, para impedir a certificação da vitória eleitoral de Biden nas presidenciais de 2020.
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"A história lembrar-se-á dos seus nomes", garantiu o Presidente norte-americano antes de conceder um total de 14 "Medalhas Presidenciais de Cidadania", uma das maiores honras civis americanas -- incluindo três postumamente.
Biden agraciou membros das forças de segurança, cujos rostos de alguns se tornaram familiares para os norte-americanos, ao verem as imagens impressionantes do Capitólio invadido ou pelos testemunhos incríveis perante a comissão de inquérito parlamentar que investigou o incidente.
O chefe da Casa Branca também condecorou eleitos ou responsáveis por operações eleitorais em diversos estados, que resistiram a pressões e ameaças para tentar forçá-los a mudar o resultado da votação, conquistada por Joe Biden.
Biden elogiou ainda a "elegância e dignidade" das famílias dos três policias condecorados postumamente.
A mulher do polícia Brian Sicknick, que foi agredido durante o ataque ao Capitólio e morreu um dia depois, apresentou hoje uma ação judicial contra os dois homens que se declararam culpados, mas também contra o ex-Presidente Donald Trump.
A defesa de Sandra Garza pede um mínimo de 10 milhões de dólares (9,4 milhões de euros) de indemnização a cada um dos visados que se declararam culpados, apontando ainda que a morte do agente foi uma "consequência direta e previsível" das palavras de Trump num discurso aos seus apoiantes em 06 de janeiro de 2021.