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A Bielorrússia anunciou esta terça-feira a chegada de tropas russas ao país, em números não divulgados, para exercícios militares conjuntos "de preparação de combate" que vão decorrer em fevereiro.
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"Os próximos exercícios de prontidão operacional e de combate vão realizar-se por causa do agravamento da situação política e militar no mundo, o aumento contínuo das tensões na Europa e em particular nas fronteiras sul e oeste da Bielorrússia", disse o Ministério da Defesa de Minsk através de um comunicado.
O documento acrescenta que se trata de um exercício militar conjunto entre a Bielorrússia e a Rússia, que os pormenores não vão ser divulgados e que não existe necessidade de notificar os países vizinhos, "Polónia, Lituânia, Letónia e Ucrânia", sobre os "detalhes".
Mesmo assim, foi comunicado que as manobras vão decorrer em duas fases: a primeira (até 09 de fevereiro) implica o destacamento das tropas russas e da Bielorrússia nas "zonas ameaçadas", estabelecimento da segurança das infraestruturas militares e proteção do espaço aéreo.
Depois, "entre 10 e 20 de fevereiro" vão decorrer em várias bases militares da Bielorrússia as manobras "Determinação de união 2022", um nome que evoca a aliança entre Minsk e Moscovo.
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Na segunda-feira, o chefe de Estado da Bielorrússia, Alexandre Lukashenko, já tinha anunciado a realização dos exercícios militares mas não tinha feito referência a datas.
O presidente bielorrusso justificou os exercícios referindo-se ao reforço do dispositivo da NATO na Polónia e no Báltico e à situação na Ucrânia.
Na segunda-feira, segundo a France Presse, cidadãos russos difundiram filmes - através das redes sociais - que mostravam comboios de transporte de equipamento militar, blindados e outros veículos em direção à fronteira com a Bielorrússia.
As manobras na Bielorrússia, país aliado de Moscovo e situado a norte da Ucrânia, são anunciadas na altura em que a Rússia mantém destacados milhares de soldados na fronteira ucraniana fazendo aumentar, no Ocidente, os receios de uma invasão.
O anúncio destes exercícios em território bielorrusso ocorre também no mesmo momento em que Moscovo e Washington devem decidir sobre eventuais esforços diplomáticos sobre a tensão na Ucrânia.