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Já está tudo pronto na Bielorrússia para acolher, esta segunda-feira, o início das conversações entre as delegações ucranianas e russas.
"O local das conversações entre a Rússia e a Ucrânia na Bielorrússia foi preparado, espera-se a chegada das delegações", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros bielorrusso. "As conversações terão início assim que todas as delegações chegarem ao ponto de encontro", informou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Anatoly Glaz.
Num primeiro momento, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o seu país estaria pronto para negociações de paz com a Rússia, mas não na Bielorrússia. Zelensky reagia, através de uma mensagem de vídeo, às informações avançadas pelo Kremlin, segundo as quais uma delegação russa teria chegado à cidade bielorrussa de Gomel para conversações com responsáveis do governo ucraniano.
No entanto, posteriormente, a Ucrânia concordou em enviar uma delegação para se encontrar com representantes russos na vizinha Bielorrússia, um aliado chave do Kremlin, que permitiu a passagem das tropas russas para atacar a Ucrânia.
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"A delegação ucraniana reunir-se-á com a Rússia sem estabelecer quaisquer condições prévias na fronteira Ucrânia-Bielorrússia na região do rio Pripyat", anunciou a presidência ucraniana nas redes sociais.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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