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O porta-voz do executivo comunitário está pronto para trabalhar com o futuro governo italiano, assim como com "os governos que emergem de resultados das urnas". Mas, por agora, espera pelos próximos passos.
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"Esperamos ser uma cooperação construtiva com as novas autoridades italianas", afirmou Eric Mamer, salientando que "de momento espera-se que a Itália proceda à nomeação de um governo, de acordo com os procedimentos constitucionais".
"A Comissão e a presidente trabalham com os governos que emergem [dos resultados] das urnas dos países da União Europeia e não acontecerá de forma diferente neste caso em concreto", respondeu o porta-voz quando questionado se Von der Leyen estará preparada para trabalhar com um governo de extrema-direita, que resulta de uma união de partidos políticos com um discurso antieuropeu.
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Eric Mamer afirmou ainda que não cabe à Comissão elaborar uma autocrítica sobre o que possa estar a correr mal na União Europeia para conduzir à vitória de uma coligação marcadamente eurocética.
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"Esse não é o nosso papel. Haverá, seguramente, uma série de assuntos que estiveram no centro das eleições italianas. Mas, ver nesta eleição uma espécie de julgamento sobre a Europa parece-me, em qualquer caso, uma simplificação extrema", considerou.
"Não cabe à Comissão Europeia comentar a campanha eleitoral em Itália e penso que seria presunçoso da minha parte tentar analisar as razões pelas quais os italianos votaram da forma como votaram, da forma como o fizeram", acrescentou Mamer.
Dando exemplos de que "a Comissão está a agir" para tratar "com extrema eficácia", lidando com "os problemas que os europeus no seu conjunto e os italianos em particular enfrentam", o porta-voz afirmou que "desde o início deste mandato", a União Europeia tem enfrentado "uma série de crises muito intensas".
Exemplos disso são "a resposta que permitiu à Europa ultrapassar esta crise, somos o continente, o continente que mais produziu e exportou vacinas, que concluiu um programa de recuperação económica sem precedentes", salientou, considerando que "lhe parece que, em qualquer caso, a Europa e a Comissão, em particular, trabalharam e continuam a trabalhar de forma extremamente eficaz para os cidadãos da Europa e da Itália em particular".