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Centenas de elefantes foram encontrados mortos nos últimos dias na região do Delta do Cubango, no Botsuana, sem que ninguém saiba porquê.
A notícia foi confirmada por Cyril Taolo, responsável pelo departamento de Vida Selvagem e Parques Naturais do país, citado pela AFP, que indica não haver causa aparente para a morte dos animais.
Os elefantes encontrados sem vida não apresentam sinais de ferimentos e todos têm as presas intactas, pelo que as autoridades descartam o abate por parte de caçadores furtivos.
Há entre os mortos animais de todas as idades, tanto machos como fêmeas.
Não está descartada a hipótese de se tratar de uma "doença misteriosa" - foram recolhidas amostras das carcaças e enviadas para para análise no Canadá, África do Sul e Zimbabué.
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A organização ambientalista Elefantes sem Fronteiras, que já tinha avançado a notícia na quarta-feira, fala em 356 animais mortos, mas o departamento de Vida Selvagem e Parques Naturais apenas confirma 275 mortes.
Já em maio, foram encontrados 12 carcaças de elefantes na mesma semana, perto de duas vilas no noroeste do país, sem indícios de abate.
Segundo o último relatório da organização, datado de 19 de junho, 70% dos elefantes encontrados terão morrido há cerca de um mês, enquanto no caso de 30% as mortes terão ocorrido há dias (entre um dia e duas semanas).
A Elefantes sem Fronteiras revela ainda que na mesma região vários elefantes com vida aparentam estar fracos, letárgicos e macilentos, mostrando alguns sinais de desorientação e dificuldade em caminhar.
O Botsuana é casa de mais de 130 mil elefantes, a maior população desta espécie no mundo.