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O centro de acolhimento temporário criado em Pemba, Moçambique, para acolher as pessoas que fugiram do ataque armado à vila de Palma, não tem condições para receber tantos refugiados.
O alerta é do jornalista Hizidine Achá, da SOICO - Sociedade Independente de Comunicação Moçambique, que vive na cidade de Pemba.
Este centro de acolhimento "não tem condições nenhumas", nem "uma esteira, uns cobertores...", lamenta, em declarações à TSF.
A distribuição de comida está a ser feita por "pequenas organizações", mas não há nada "assegurado, organizado, para garantir uma gestão efetiva dos deslocados."
O jornalista moçambicano explica que várias organizações não-governamentais continuam à espera de autorização para o desembarque de comida no porto de Pemba, por isso o apoio alimentar ainda não chegou aos refugiados. "Falta comida", diz Hizidine Achá.
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Segundo o último balanço da Organização Mundial para as Migrações, pelo menos 9.158 pessoas - 45% das quais crianças - chegaram nos últimos dias aos distritos de Nangade, Mueda, Montepuez e Pemba.
O ataque de 24 de março à vila sede do distrito de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia, provocou dezenas de mortos e obrigou à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província moçambicana de Cabo Delgado, desde o início do conflito.