China anuncia sanções económicas contra Taiwan

A presidente de Taiwan mantém um tom desafiante perante as várias ameaças da chinesa.

O Ministério do Comércio da China anunciou sanções económicas contra Taiwan, depois de a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, Nancy Pelosi, ter chegado a Taipé para uma visita oficial.

Entre as sanções está a suspensão da exportação de areia natural para Taiwan que é uma matéria prima importante para o fabrico de semicondutores, um dos maiores materiais de exportação do país insular. A administração alfandegária chinesa também cancelou a importação de frutas e peixes provenientes de Taiwan.

Taipé mantém o tom desafiante nesta quarta-feira perante as ameaças de Pequim de exercícios militares perto da ilha Formosa em resposta à visita de Pelosi.

A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA deixou Taiwan esta quarta-feira e seguiu para a Coreia do Sul, próxima escala da viagem pela Ásia.

Nacy Pelosi desembarcou em Taiwan na terça-feira, apesar das ameaças de Pequim, que considera a ilha parte do seu território e denunciou a visita como uma provocação.

"Isto é uma completa farsa. Os Estados Unidos violam a soberania da China sob o pretexto da chamada 'democracia'... aqueles que ofendem a China serão punidos", disse o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi.

As autoridades taiwanesas indicaram que 27 aviões militares invadiram a sua área de defesa aérea (maior que o espaço aéreo de um país) durante a visita de Pelosi.

Perante a ameaça, a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen declarou: "Ante as crescentes e deliberadas ameaças militares, Taiwan não recuará (...) Vamos manter a linha de defesa da democracia."

China e Taiwan estão separadas desde 1949, quando as tropas comunistas de Mao Tsé-Tung derrotaram os nacionalistas, que se refugiaram na ilha. Os Estados Unidos reconheceram o governo de Pequim como representante da China em 1979, mas prosseguiu com o apoio militar a Taiwan.

A "reunificação" da China é uma meta prioritária para o presidente chinês, Xi Jinping, que, na semana passada, disse formalmente ao presidente americano Joe Biden por telefone que evitasse "brincar com fogo".

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