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A China expressou esta quinta-feira "profunda preocupação" com a escalada militar entre Israel e grupos islâmicos armados na Faixa de Gaza, e pediu à ONU que reafirme o seu apoio a uma solução de dois Estados.
"A China expressa a sua profunda preocupação com a situação em curso entre Israel e os palestinianos", disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, pedindo à ONU que "tome medidas" para encerrar os confrontos.
A China, que neste mês detém a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, disse esta quinta-feira que estava pronta uma declaração conjunta a pedir pelo fim dos confrontos.

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No entanto, alguns países estão "a bloquear" o texto, criticou a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, à imprensa, sem especificar as nações.
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Em duas reuniões do Conselho de Segurança nesta semana, os Estados Unidos opuseram-se à adoção de uma declaração conjunta, considerando-a "contraproducente" nesta fase, disseram diplomatas.
Outra reunião de emergência do Conselho de Segurança está marcada para sexta-feira. A porta-voz da diplomacia chinesa também pediu à ONU que estabeleça o "firme apoio" à solução de dois Estados para encerrar o conflito israelo-palestiniano.
Israel e os palestinianos estão envolvidos numa das maiores escaladas de violência dos últimos anos naquela região.
Os confrontos intensificaram-se esta semana com milhares de foguetes a serem lançados contra Israel pelo movimento islâmico Hamas. O exército israelita retaliou com ataques à Faixa de Gaza.
O movimento islâmico Hamas deu esta quinta-feira conta de mais 16 mortos nos ataques israelitas à Faixa de Gaza, que controla, o que faz aumentar para 83 o total de palestinianos mortos desde o início das hostilidades, na segunda-feira.
Além de um total de 83 mortos, incluindo 17 crianças, 487 pessoas ficaram feridas, indicou o Hamas, após uma nova noite de ataques aéreos de Israel no enclave e de disparo de rockets a partir de Gaza em direção ao território israelita.
Esta foi a terceira noite de hostilidades entre Israel e grupos armados palestinianos em Gaza e o conflito prossegue hoje.
As salvas de rockets contra território israelita levaram ao desvio de todos os voos em direção ao aeroporto internacional Ben Gurion de Telavive.
A luta entre Israel e o Hamas iniciou-se na segunda-feira após semanas de tensões israelo-palestinianas em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do islão, junto ao local mais sagrado do judaísmo, nesta zona da cidade ilegalmente ocupada e anexada pelo Estado hebreu, de acordo com a lei internacional.
Desde segunda-feira, o exército israelita indicou ter realizado 600 bombardeamentos na Faixa de Gaza, território exíguo sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de palestinianos.
As milícias do Hamas e da Jihad Islâmica dispararam cerca de 1600 rockets contra território israelita, que mataram sete pessoas, incluindo uma criança e um soldado, e deixaram feridas centenas.