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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, avisou esta quinta-feira que irão ser tomadas outras medidas além da subida das taxas de juro anunciadas ao início da tarde.
Christine Lagarde afirmou que a política orçamental está a mudar para aqueles que enfrentam o fardo dos elevados preços energéticos e avisa que serão tomadas ainda mais medidas para controlar a inflação.
"Várias medidas terão de ser tomadas para limitar o risco da inflação. A inflação aumentou 8,6% em junho, refletindo a importância da Ucrânia e da Rússia como produtores de bens provenientes da agricultura. A elevação dos preços está a contagiar cada vez mais setores. Em conformidade, a maior parte das medidas aumentaram", alerta a presidente do BCE.

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"Vão subir 50 pontos base na taxa de juro. É preciso ajustar a procura e travar a inflação. Nas próximas reuniões iremos tomar outras medidas adequadas e faremos este acompanhamento reunião a reunião. As políticas vão ter de ser adequadas conforme a economia reagir. É uma política singular para tentar estabilizar os preços", explicou Lagarde.
Os riscos em relação à perspetiva inflacionária continuam a estar ascendentes. No entanto, a líder do BCE explica que, se a procura enfraquecer, as pressões sobre os preços irão baixar.
No que toca aos bancos, e com as taxas de juro dos mercados voláteis devido à incerteza política, será mais difícil fazer empréstimos.

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"Quando o volume de empréstimos às economias domésticas permanece forte, prevemos que sofra um declínio devido à elevada procura. O crescimento monetário continua a moderar-se. O nosso inquérito mais recente relativamente a inquéritos refere que os bancos têm estado mais preocupados em relação aos riscos e esperam continuar a apertar os seus padrões de empréstimo para o próximo trimestre", sublinha a presidente do Banco Central Europeu.
Christine Lagarde explicou que o Instrumento de Proteção da Transmissão (TPI) irá ajudar a União Europeia a manter-se estável e a trazer a inflação, a médio prazo, de volta aos 2% e revelou que todos os membros da zona euro serão elegíveis.
"Todos os membros da zona euro podem estar aptos e são elegíveis. O conselho executivo, na sua avaliação, irá determinar com base no critério de ilegibilidade", esclareceu.