Cimeira. 27 prometem "mobilizar todos os instrumentos" para "defender interesses" europeus

Estados-membros deverão nomear o "combate aos preços elevados para as famílias e para as empresas" como a "preocupação principal".

Os líderes europeus reúnem-se esta sexta-feira em Praga, na República Checa, numa cimeira informal que servirá de antecâmara da reunião magna que está marcada para daqui a duas semanas.

A escalada dos preços da energia será um tema central no debate, com os líderes a defenderem medidas que possam aliviar os encargos das famílias, face à nova realidade.

Uma vez mais, vai ouvir-se condenações à atuação da Rússia na Ucrânia. Os 27 deverão esta sexta-feira condenar a anexação das quatro regiões ucranianas pela Rússia, reiterar o apoio à Ucrânia e exigir a retirada imediata, completa e incondicional das tropas do Kremlin dos territórios ocupados.

Em matéria de energia, os líderes europeus vão debater a escalada dos preços e o impacto no custo de vida das famílias, expressando a determinação para avançarem com uma resposta "bem coordenada" com vista a "redução da procura" de energia, assim como a "garantia da segurança do abastecimento", de acordo um documento de trabalho consultado pela TSF.

Numa carta enviada aos líderes europeus, antes da cimeira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen admite que possam vir a ser preparadas "medidas mais exigentes para a poupança de gás", e também que venha a haver "acordos vinculativos" para a partilha solidária de gás entre os países europeus.

Na carta, Ursula von der Leyen promete a disponibilidade da Comissão Europeia para trabalhar com os Estados-membros, "tendo em conta as diferenças nacionais no mercado da energia".

Na cimeira desta sexta-feira, os líderes europeus vão apoiar genericamente as iniciativas já adotadas, nos últimos meses para lidar com a crise energética. O debate será um passo preparatório para a reunião formal agendada para 20 e 21 de outubro.

O chefe do governo português, António Costa, vai defender a reprogramação de verbas não utilizadas no âmbito da crise pandémica, para que possam ser gastas em medidas para ajudar as empresas a lidar com a inflação e com a escalada dos preços da energia.

Na declaração final, os 27 deverão nomear o "combate aos preços elevados para as famílias e para as empresas" como a "preocupação principal", defendendo o apoio ao "crescimento e ao emprego", a proteção do "mercado único" e dos "mais vulneráveis".

Espera-se que os 27 reafirmem o compromisso de unidade para enfrentar a crise de "forma coordenada", prometendo "mobilizar todos os instrumentos disponíveis" para defender os interesses da União Europeia.

Sobre as explosões nos gasodutos no Báltico, os Estados-Membros deverão concordar com o reforço da cooperação para a proteção das infraestruturas críticas Europeias, além de expressarem a sua "condenação veemente".

* Atualizado às 07h25

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