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É outro efeito da pandemia: o confinamento fez disparar os casos de miopia entre os mais novos. A conclusão é da Organização Mundial de Saúde, que se baseou em investigações na China, no Canadá e em países da América do Sul.
A falta de luz natural leva à perda de dopamina, um neurotransmissor que evita a dilatação da retina e ajuda a prevenir a miopia, explica, ao jornal El País, a investigadora argentina Carolina Picotti, autora de um estudo publicado na revista Lancet. Nenhuma luz artificial pode substituir a luz solar, resume a investigadora.
Nos jovens entre os 15 e os 18 anos, a miopia cresceu 40%, de 2019 para 2020, altura em que começou o confinamento. A Organização Mundial de Saúde prevê que em 2050 metade da população mundial seja míope.
David Musch, professor da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, que, nos últimos cinco anos, acompanhou cem mil alunos de escolas primárias chinesas, afirma que a miopia disparou com o início do confinamento em janeiro de 2020. As crianças com idades entre os seis e os oito anos foram as mais afetadas, acrescenta o investigador.
A exposição a ecrãs de computadores ou telemóveis, que também aumentou ao longo do último ano, está relacionada com alguns sintomas, como secura ocular, fadiga, cansaço visual ou dor de cabeça. Mas, ao contrário do que os cientistas pensavam, não tem qualquer relação com a miopia.
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